Ex-satanista Daniel Mastral passou por exorcismo e se rendeu ao cristianismo após anos na seita pagã; saiba como foi
Marcelo Agostinho Ferreira, conhecido como Daniel Mastral, foi encontrado morto na noite do último domingo (4) na Aldeia da Serra, em Barueri, São Paulo. O caso foi registrado como suicídio pela Polícia Civil, que afirmou que o corpo do escritor estava na mata e com um ferimento na cabeça.
Famoso pelo seu livro Filho do Fogo, o teólogo se considera um ex-satanista por ter passado por exorcismo e deixado a seita pagã. Em uma entrevista ao Na Real, de Bruno Di Simone, o autor revelou quais foram os dois motivos que o fizeram abandonar a crença anticristã.
Segundo ele, o primeiro motivo era que ele estava sendo obrigado a sacrificar uma criança: "Eu nunca tinha presenciado, assim, ao vivo. Eu sou incapaz de matar um bicho, um animal, um passarinho. E eu ia ter que matar uma criança”.
Já outro episódio envolve a igreja: “Na época, eu namorava uma moça que era evangélica e eu fui visitar a igreja dela. Lá havia um grupo fazendo uma adoração genuína, verdadeira. Não era show, não era espetáculo. A adoração genuína me derrubou no chão, sabe? Eu perdi o controle, desmaiei. Eu perdi a minha consciência”.
Foi quando, então, Daniel considerou o exorcismo. "Minha namorada marcou um encontro com o pastor da igreja, porque ele queria falar comigo. Eu fiz um feitiço contra ele e fui até lá. Ele teve um problema e não foi. Marquei de novo, né? Ele teve outro problema também e não foi. Na terceira vez, eu falei com o senhor sacerdote pra me ajudar a fazer um feitiço mais robusto”, contou.
O autor disse que, na segunda vez, fez um feitiço para que o pastor falecesse: “O cara estava vivo. Bateu o carro, mas não sofreu um arranhão. Eu fiquei muito indignado com isso, né? E aí [os satanistas] fizeram um ritual pra acabar com ele. E aí eu fui ao encontro [do pastor] cheio de orgulho, soberba, pensando: ‘O cara não vai vir’. Esperei duas horas, quando tô indo embora, o cara chega. A sensação que eu tinha é que eu não podia tocar nele, que se eu tocasse nele, eu caía”.
Sem saída, Daniel foi exorcizado: “Ele me chamou e falou: ‘Posso orar por você, rapidinho, uma oração? Coisa rápida’. Ele me levou no gabinete, fechou a porta e eu só lembro de uma mão vindo na minha direção. Ele orou por mim, eu caí e me debati. Foi tipo um exorcismo”. E acrescentou: "Não é legal você ver o demônio canalizando pessoas. Eu só vi cinco vezes, eu tinha muita penalização, por aí. Não é legal de ver. Depois [do exorcismo] eu senti uma paz, uma alegria que eu nunca tinha sentido na minha vida. Eu não sabia o que era paz, não sabia o que era tranquilidade, eu desconhecia”.
Ao abandonar o satanismo, o teólogo afirmou que sofreu uma série de consequências: “Os meus bichos morreram, me disseram que eu tinha que fazer o ritual e tudo mais. Eu fugi no dia que eles disseram que estariam na minha casa. No último contato que eu tive com eles, fiz um juramento de nunca contar nada do que eles fazem. Combinei: ‘vou preservar os segredos e vocês me esquecem’. E assim foi feito".