Contigo!
Busca
Facebook Contigo!Twitter Contigo!Instagram Contigo!Youtube Contigo!Tiktok Contigo!Spotify Contigo!
Famosos / CRIME

Caso Nardoni: Tudo o que a mãe de Isabella contou para Patrícia Poeta

Mãe de Isabella Nardoni se abriu em depoimento emocionante à jornalista; veja

Adriana Peraita Publicado em 16/08/2023, às 12h13

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Tudo o que a mãe de Isabella contou para Patrícia Poeta - Reprodução/Instagram
Tudo o que a mãe de Isabella contou para Patrícia Poeta - Reprodução/Instagram

Há 15 anos, no dia 29 de março de 2008, a menina Isabella Nardoni foi esganada e arremessada do sexto andar do prédio onde vivia. O pai e a madrasta da criança, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, foram condenados pelo assassinato. Quarenta e três dias após o falecimento, a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, deu uma entrevista ao Fantástico.

Em conversa com a jornalista Patrícia Poeta, antes da condenação de Alexandre e Anna, Ana Carolina relembrou o dia do falecimento da filha, falou sobre a relação que tinha com o pai de Isabella e afirmou que acreditava na suspeita de que o casal era responsável pela morte.

Sobre o dia e o momento em que ficou sabendo que a filha havia se ferido, Ana Carolina relatou:"Eu tinha ido a um churrasco de uns amigos. Eu tava voltando de lá e estava indo para a casa de uma outra amiga minha que tava comigo no churrasco. Eu tava na entrando na casa dela, que é bem próximo do apartamento. Eu cheguei com muita rapidez ao local porque eu estava próxima".

Foi a madrasta que ligou para avisar do que tinha acontecido: "A Anna Carolina [que ligou ]. Ela gritava muito, gritava muito. Então, poucas coisas eu entendi. Eu gritava para ela: 'Faz respiração boca a boca, vê o que vocês podem fazer'"

Com lágrimas nos olhos, a mãe descreveu o momento em que chegou ao local do crime e se deparou com a filha caída: "Anna Carolina tava ali na rua. Quando eu tava chegando, ela acenou. Eu entrei correndo pelas escadas e ela tava ali no chão. Ela respirava, o coração dela batia. Eu ajoelhei na frente dela. Coloquei a mão no peito dela e falei: 'Filha, fica calma. A mamãe tá aqui. Vai dar tudo certo'".

Questionada sobre o que sentiu, ela afirmou: "Uma dor muito grande de eu não poder ter defendido, de eu não poder tá ali com ela naquele momento". Em relação ao comportamento do pai e da madrasta logo após o ocorrido, a moça disse: "Eles não me falaram nada, nem conversaram comigo. O Alexandre tava próximo assim e ficou próximo dela. Ele ia pra todos os lados. Ele falava pra polícia sobe, sobe. Ele deu muita ênfase pra polícia invadir o prédio, que tinha algúem lá. E ela [Anna Carolina] gritava muito, gritava, gritava".

No enterro de Isabella, a mãe disse que também não teve quase nenhuma troca com o casal: "Ele [Alexandre] não olhou para mim, não veio falar comigo. Nenhuma [palavra] . Ela [Anna Carolina] me viu chegar, levantou, ela me deu um abraço indiferente e falou: 'Você nem ligou para ela no sábado'. Achei aquilo de uma frieza. Eu não perdi o meu tempo. Saí e fui ficar com a minha filha".

Sobre a última vez que falou com a filha, Ana Carolina disse: "No sábado, eu tentei ligar deu caixa postal. A última vez que eu falei com ela foi na sexta-feira por volta das 18 horas. Ela já tinha ido para a casa do pai. Ela atendeu super feliz, com uma voz alegre. Nós conversamos, eu ainda fiz a pergunta se ela tava feliz. Ela falou que tava muito feliz".

Ela contou que não tinha contato com Alexandre e quando precisa tratar de algum assunto relacionado a Isabella falava com o pai dele: "Com o pai dele [avô de Isabella] . Eu procurava não ligar muito, eu resolvia tudo o que eu podia resolver. Escola, médico, todos os tipos de assunto em relação a ela eu tentava resolver. Quando o assunto era ele, ou envolvia alguma coisa com ele, aí eu conversava com o pai dele. E era ele quem fazia esse intermédio, conversava com ele, conversava comigo".

A mãe disse que a filha não falava muito da relação com o pai e que era mais vocal sobre o relacionamento com os irmãos: "Ela me falava pouco da relação deles. Ela me contava muito dos irmãos, que ela tinha dançado, passeado e dos irmãos. Sobre os irmãos era uma coisa que ela contava muito. Agora, da relação deles, ela não dava ênfase a esse assunto".

Em parte da entrevista, Patricia questionou a mulher sobre um trecho do depoimento que ela havia dado à polícia, no qual ela relatou um episódio em que Alexandre teria dito que iria matar a mãe dela. "Nós nos separamos quando a nossa filha tinha 11 meses. Quando isso aconteceu [a ameaça], nós já estávamos separados há algum tempo. Eu precisava trabalhar e, como meus pais têm comércio, ficava difícil de conciliar. E eu a coloquei na escola e ele não aceitou. Ele foi à minha casa brigar e eu tive que sair do trabalho para ir para a porta da minha casa encontrar com ele. Houve uma grande discussão porque ele achava que essa idéia da escola era da minha mãe", contou 

Ela continuou a descrição: "Enfrentei, não tive medo dele em segundo algum, quando ele falava, eu vou matá-la, eu vou matar vocês, ele ia resolver a maneira que ele tinha para fazer, mas ali eu estava para enfrentá-lo."

Sobre o relacionamento que mantinha com Anna Carolina Jatobá, ela contou: "Nós tínhamos pouca relação. Nos falávamos pouco em relação à Isabella, quando era algum recado que não podia ser por ela. Quando eu ligava, porque eu tinha o número somente do celular dela, quando eu ligava, ela já via que era o meu número e já chamava a Isabella, passava o telefone. Era a minha filha que atendia o telefone".

Questionada, ela expôs que acreditava que mulher sentia ciúmes dela: "Não era eu que achava, ele que me falou algumas vezes e a família dele também me falava. Não fui quem tirei essa conclusão. Foram eles que me contaram".

Quanto ao que Isabella dizia da madrasta: "Ela me contava como uma relação normal. Ela nunca, ela era uma criança que contava as coisas, ela chegava em casa contando as coisas. E ela contava, eu perguntava, quem cuidou dela, quem fazia as coisas para ela, ela me falava que era a Tia Carol". Ela também disse que a criança nunca havia denunciado nenhuma violência da mulher. 

Mãe já acreditava que eles eram culpados

No depoimento, ela afirmou que acreditava na acusação de que o casal teria cometido o crime. "É difícil. É muito difícil saber que uma pessoa tenha a capacidade de chegar nesse nível", relatou. Ela nunca imaginou que aquilo pudesse ocorrer: "Nunca. Até porque você, seja no meu caso, ou seja em tantos outros casos, você não consegue imaginar como um pai, como uma pessoa que tem filhos, como uma mãe, ou qualquer pessoa que seja pai tenha a capacidade de destratar uma criança".

Questionada se achou a entrevista que o casal havia dado ao Fantástico convincente, ela respondeu: "Nem um pouco". "Eu não, eu posso te falar que eu não achei que ela foi convincente, mas prefiro não dar detalhes do que aconteceu naquele dia", acrescentou. 

O caso  volta aos holofotes com o lançamento de Isabella: O Caso Nardoni, que estreia nesta quinta-feira (17) na Netflix.