Em entrevista à CONTIGO! Novelas, Eliane Giardini, intérprete de Agatha em ‘Terra e Paixão’, avalia personagem na trama
Na pele de Agatha, Eliane Giardini chegou causando em Terra e Paixão. A mãe de Caio (Cauã Reymond) e ex-mulher de Antônio La Selva (Tony Ramos), que havia sido dada como morta há anos, reapareceu vivinha da silva para movimentar a trama de Walcyr Carrasco. Em entrevista à CONTIGO! Novelas, a atriz deu detalhes de sua personagem
“Eu cheguei com um volume grande de trabalho, um volume grande de alegria também, porque são cenas muito boas, muito importantes, com um elenco maravilhoso. Então está sendo um momento bastante especial. Eu estou curtindo cada momento, estou sendo feliz e estou sabendo.”
“Já porque eu sabia que ia entrar na novela. Estou no teatro também, então todas as vezes que podia, assistia à novela, pois sabia que uma hora eu ia entrar, então queria me familiarizar com a trama, queria estar dentro da novela já, né? Não chegar tão de paraquedas.”
“São muitas linhas de pensamento. É óbvio que eu sei que a Agatha chega como uma pessoa vitimizada, querendo o perdão das pessoas, porque ela aprontou muito. Mas eu sei também que ela é uma pessoa aproveitadora, que ela chega querendo reaver tudo que ela tinha. Mas também tem alguns pontos cegos para mim que me deixam pensativa. É uma personagem complexa, porque, ao mesmo tempo, ela não quer só o dinheiro, porque se ela quisesse só o dinheiro, ela não tinha abandonado a vida que ela tinha. Ela tinha uma vida poderosa, a vida que a Irene [Gloria Pires] tem hoje era a vida que ela tinha e ela não quis, ela foi embora por um amor. Então me parece que é uma pessoa bastante impulsiva, que vai em busca mais do afeto, embora ela pense que ela está querendo reaver o dinheiro e o poder, eu acho que ela quer mais o afeto mesmo das pessoas. Pelo menos eu quero acreditar nisso, eu ainda acredito em redenção dos personagens, acredito que ela ainda tem salvação.”
“É triste, mas acho que essa é uma das coisas que a move, esses amores, esse desejo de ser amada. O personagem tem essas coisas duras. Hoje tenho uma cena, por exemplo, que estou sofrendo para fazer, que vou para a casa do Caio [Cauã Reymond] e falo que estou sem dinheiro, para tirar dinheiro dele. Pra mim dói porque estou tentando estabelecer uma relação real de amor e acho que ela tem, acho que é uma relação real. Estou trabalhando assim, de verdade com ele, dando um carinho de real. Quando eu disse para ele que foi um filho amado e muito desejado, naquele momento houve uma cura nesse personagem. Não sei se é verdade, não sei se ele foi tão amado, acho que foi, acho que no momento que ela engravidou realmente havia essa paixão dos dois. E, quando ele ouve isso, há uma mudança nítida do personagem de lá para cá, ele se acerta com a Aline [Barbara Reis], ele se acerta com a mãe, ele fica num momento de muito empoderamento, porque ele se curou naquele momento que ele ouviu que ele era amado e desejado. Então eu reforço essas questões porque eu acredito na redenção.”
“Pelo que estou entendendo, ela tem uma dívida grande, e tem que arrumar dinheiro imediatamente. Ela sabe que vai ter dinheiro daqui pra frente, mas precisa agora de uma grana, entende? Então ela está usando o Gentil [Flavio Bauraqui], pegando dinheiro dele, me dá um dó, me corta o coração. Mas sei que ela precisa fazer uma caixa imediatamente para uma pessoa, que não sei quem, mas ela quer ajudar essa pessoa.”
“Acho que são diárias essas questões. Filho é uma prioridade pra mim. Se está tudo bem com eles, estou ótima. Se tem alguma questão, nada fica bom, tenho que primeiro resolver essa questão para ficar bem. Então isso é diário e acho que isso é para sempre. Eu vejo com a minha mãe, que tem 92 anos e fica em cima de mim do mesmo jeito, querendo saber se eu estou bem ou se não estou. Então acho que isso não acaba nunca.”
“Ele vai querer e ela também vai. Não sei até que ponto, pelos capítulos que tenho, eles estão se encaminhando para isso. Ela fala que o Antônio era outra pessoa, que ele era adorável, eles viveram um momento muito bom. Acho que ainda tem essa memória.”