Você sabia? Jornalista Geraldo Luís já foi agente funerário e relembra histórias que viveu época; confira o depoimento
O jornalista e apresentador Geraldo Luís participou do Que História é Essa, Porchat? especial sobre Halloween na noite desta terça-feira (29) e relembrou uma época bastante bizarra de quando trabalhava como agente funerário. Ele revelou que já vivenciou muita coisa.
Na época, ele morava no interior de São Paulo e precisava lavar muito defunto, além de arrumá-los para o enterro. “Depois da autópsia, entra o agente funerário que lava, coloca a roupa e leva para a sala de velório. Foi o maior ensinamento da minha vida”, lembrou.
No bate-papo, Geraldo Luís ainda relembrou: “A pedido da família já coloquei muita coisa estranha dentro do caixão: vinho, joias com testamento para a família não brigar, briga entre amantes no velório e até fotos de bichos de estimação coloquei junto com o morto. Coloquei muita gente estranha no caixão.”
Entretanto, uma das situações mais memoráveis do jornalista foi quando precisou vestir um morto com a roupa de sua esposa. A filha pediu para que o pai usasse sutiã, mesmo a contragosto dos irmãos, já que ele usava roupas da sua esposa em vida.
“A filha falou: ‘meu pai não era gay, mas gostava de se vestir de mulher às vezes'. Coloquei nele sutiã, anágua, toda vermelha e dourada. Isso aconteceu dentro do Instituto Médico Legal. Coloquei a roupinha feminina que a filha pediu e vai o corpo para o velório. Aí começa a briga: ‘meu pai não é viado!’. Os outros dois filhos na sala perguntam se foi ela que colocou a roupa. Mandaram tirar. Volta o caixão. Retiro, coloco terno, gravatinha, a filha fica sozinha e pede: ‘por favor, coloca por cima (a roupa de mulher). Ela me ajudou a vesti-lo. Botou tudo de novo! Tampamos (o caixão) e foto com o vestidinho eterno!”, contou o apresentador.
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