Contigo!
Busca
Facebook Contigo!Twitter Contigo!Instagram Contigo!Youtube Contigo!Tiktok Contigo!Spotify Contigo!
Famosos / UAU!

Hugo Bonemer recorda morte do pai e explica como filme o ajudou no luto

Em entrevista à Contigo!, Hugo Bonemer também conta detalhes de seus projetos mais recentes e abre o jogo sobre sua relação com as redes sociais

por Mariana Arrudas

Publicado em 16/07/2024, às 17h15

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O ator e apresentador Hugo Bonemer - Foto: Reprodução/Instagram @hugobonemer @tvbrasil
O ator e apresentador Hugo Bonemer - Foto: Reprodução/Instagram @hugobonemer @tvbrasil

Ator, dublador, apresentador e músico. Essas são algumas das facetas de Hugo Bonemer (37), que encara os diversos projetos com leveza e encontra no trabalho um conforto para situações difíceis —situação que aconteceu durante as gravações do filme Domingo à noite, que estreou em abril.

Para Hugo Bonemer, o longa-metragem foi a realização de um sonho, mas, também fez parte do processo de luto após a morte de seu pai, Christian Bonemer, por complicações da Covid-19. "Quando eu peguei o voo pra fazer um teste de caracterização no Rio que ele faleceu", recorda, em entrevista à Contigo!.

"No teste eu coloquei um bigode e comentei que tinha ficado a cara do meu pai nas fotos dele nos anos 1970. Gosto de pensar que ele deu uma passadinha ali, para me ajudar nessa composição. Ele adorava opinar no jeito que eu fazia a barba, e sempre pedia para eu cortar o cabelo ou a barba igual a dele."

Leia também: Hugo Bonemer diz que homofobia prejudicou sua vida pessoal e profissional: 'Não pude sonhar'

Na trama, Marieta Severo cuida de seu marido, que sofre de Alzheimer, e enfrenta o luto de sua filha adolescente. O artista diz que, apesar da premissa triste, a produção tem o poder de curar uma parte dessa dor, e também carrega a mensagem da resiliência.

Além do filme, Bonemer também pôde ser visto nos cinemas em Mallandro – O errado que deu certo, como debatedor do programa Sem Censura, apresentador no Canal Like e interpretando o piloto Nelson Piquet na minissérie Senna, da Netflix.

Apesar dos diversos trabalhos e projetos, o artista assegura que consegue conciliá-los de forma leve. "Parece muita coisa, mas a gente precisa lembrar que eu sou um homem de quase quarenta anos sem filhos, isso significa que eu tenho tempo para ocupar", acrescenta ele, que além dos programas também está nos teatros com o musical Querido Evan Hansen.

Abaixo, Hugo Bonemer dá mais detalhes sobre os bastidores de suas últimas produções artísticas, revela os projetos futuros e também comenta sobre sua relação com as redes sociais. Confira trechos editados da entrevista.


Após viver Ayrton Senna nos palcos, você interpretou Nelson Piquet para a Netflix. Como foram esses trabalhos? Você já tinha alguma ligação com a Fórmula 1?
O Piquet trouxe uma mudança brusca de perspectiva na narrativa do Ayrton, me fazendo enxergar ele como um rival, e esse tipo de experiência com a mesma história é algo muito raro na vida de um ator. Para compor o Senna tive experiências para me aproximar da Fórmula 1, desde tirar racha de kart com Bruno Senna e ir no assento do acompanhante no carro do Cacá Bueno a mais de 250km/h. Tive papo com dona Neyde, com a irmã, os sobrinhos, e a equipe do Instituto Ayrton Senna me recebeu de portas abertas pra todo tipo de pesquisa que eu quisesse. Participei até de um Senna Day apresentando ao lado da Xuxa.Tenho o Senna como um anjo mesmo, que interferiu na minha vida toda e me abençoou de alguma forma.

Além de Domingo à noite, você também esteve com o filme Mallandro – O errado que deu certo nos cinemas. Como foi fazer esses projeto?
Mallandro é um filme pra cima, que se debruça sobre um ícone da cultura pop pra falar sobre fracasso. Na trama o Sergio perde os superpoderes de falar 'gluglu iéié' e percebe que foi reduzido aos seus bordões, ele vai precisar da ajuda dos filhos pra recuperar a autoestima e dar a volta por cima, então de novo é um filme com um propósito muito bonito, que mesmo quem não olhe uma camada mais profunda com essa objetividade que eu estou colocando, certamente vai sentir. É a primeira vez que eu interpreto eu mesmo, como se estivesse apresentando um programa similar ao canal Like em que dou dicas de cinema.

Além disso, você também mostra ao público sua faceta de apresentador, como debatedor do programa Sem Censura. Você usou sua experiência como apresentador do Canal Like em algum momento?
⁠O Canal Like vem me preparando para o Sem Censura há seis anos. Lá no Like pude fazer entrevista de tapete vermelho, viajar pra junkets, porta de cinema e roteiros no estúdio. Essa experiência aliada a como me comunico nas redes sociais trouxeram a atenção do Bruno Barros, diretor do Sem Censura que me apresentou o projeto meses antes da estreia. Ele queria que eu falasse apenas de cultura e sustentabilidade, mas o formato evoluiu para um bate papo mais descontraído em que todos os temas vêm à tona. O desafio do debatedor é fazer o assunto girar, resgatar temas importantes, enriquecer o debate e auxiliar a Cissa [Guimarães] no molho do programa, o que é totalmente novo para mim.

No Instagram você mostra um pouco os bastidores de seu trabalho e da vida por trás das produções. Qual a sua relação com as redes?
Minha relação com o instagram é totalmente profissional. Separo horas na semana pra trabalhar nele, cuidando de postagens com antecedência, alimentando o terrível algoritmo que nos define hoje com tanta crueldade na hora de uma escalação comercial.

Você também costuma levantar a questão da pauta ambiental. Qual a importância de debater esse tema?
⁠A pauta ambiental é o que define minha busca por fazer algo que seja genuinamente bom. Cuidar da mãe natureza me parece a coisa mais ética que conheço, e nada deveria estar acima disso. A mãe natureza quem dá a vida para a gente e estamos sendo filhos ingratos e mimados.

Você tem novos projetos que possa contar?
Estou em cartaz com o musical Querido Evan Hansen até fim de julho no Rio de Janeiro, e faremos temporada em São Paulo em agosto e setembro. As vendas já estão abertas e a história é muito bonita. Filmei mais dois longas independentes no começo do ano, mas que devem sair no começo do ano que vem, duas narrativas sensíveis dessas que curam a gente um pouquinho das experiências ruins.