Lexa pode perder a pequena Sofia? Em entrevista à Contigo!, a ginecologista obstetra Patrícia Varanda explica como a doença afeta o bebê
Lexa está internada em estado grave desde segunda-feira (20), quando descobriu um diagnóstico de pré-eclâmpsia, uma doença caracterizada pelo aumento da pressão arterial na gravidez. A cantora, que está grávida de 24 semanas da primeira filha, Sofia, fruto do relacionamento com o ator Ricardo Vianna, enfrenta um momento delicado que coloca em risco sua saúde e a de seu bebê. Mas que complicações são essas?
A médica ginecologista obstetra Patrícia Varanda explica que a doença afeta a placenta, que é responsável por fornecer oxigênio e nutrientes essenciais ao feto. Quando a placenta não funciona corretamente, pode impactar o desenvolvimento do bebê de várias maneiras.
A primeira delas é a Restrição do Crescimento Intrauterino (RCIU): "A pré-eclâmpsia reduz o fluxo de sangue para a placenta, o que pode fazer com que o bebê não receba os nutrientes e oxigênio necessários para crescer adequadamente. Isso pode levar ao nascimento de bebês menores e com baixo peso".
Varanda também cita que o parto pode ser adiantado caso a doença avance. "Em casos graves, o único tratamento possível é o parto, que pode ser antecipado para proteger a saúde da mãe e do bebê. Isso significa que o bebê pode nascer prematuro, antes de seus órgãos estarem totalmente desenvolvidos, especialmente os pulmões", lamentou.
Segundo a médica, sim, a pré-eclâmpsia aumenta as chances de morte fetal. "Nos casos mais graves, a falta de oxigenação adequada pode levar ao óbito do feto. A pré-eclâmpsia está associada a um maior risco de morte fetal, especialmente quando não diagnosticada e tratada a tempo", explicou a especialista.
Segundo a médica, existem diversas consequências aos nenéns que nascem prematuros como, por exemplo, o baixo peso: "Devido à restrição de nutrientes e ao possível parto antecipado, o bebê frequentemente nasce com peso inferior ao esperado, o que pode exigir cuidados intensivos neonatais".
Bebês que nasceram antes da data prevista ainda podem apresentar outros problemas físicos como respiratórios: "Bebês prematuros podem apresentar dificuldades respiratórias porque os pulmões ainda não estão completamente formados. Além disso, podem surgir complicações como icterícia, dificuldade de alimentação e maior vulnerabilidade a infecções".
De acordo com a profissional, é comum que mulheres em sua primeira gravidez - como Lexa - desenvolvam esse tipo de condição. "Os sintomas iniciais podem ser sutis, e muitas mulheres não apresentam sinais até que a condição esteja mais avançada. O diagnóstico é feito através de medições regulares da pressão arterial e análise de urina para detectar proteínas", explicou.
Varanda ainda diz que o tratamento depende do caso de cada paciente, porém, quadros mais preocupantes podem exigir remédios ou até mesmo adiantar o parto: "Em situações mais graves, pode ser necessário a administração de medicamentos para controlar a pressão arterial e, em última instância, a indução do parto para proteger a saúde da mãe e do bebê".
A médica também explica que a pré-eclâmpsia pode gerar sintomas mesmo após o tratamento. "Pode ter efeitos a longo prazo para a mulher, aumentando o risco de hipertensão e doenças cardiovasculares no futuro. Portanto, acompanhamento médico contínuo após a gravidez é recomendado", explicou ela.
Varanda aproveitou a repercussão do caso para dar dicas de como evitar o diagnóstico. Segundo ela, é necessário tomar os seguintes cuidados:
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