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Famosos / Saúde

Médica aponta tratamentos auxiliares em luta de Preta Gil contra o câncer: 'Cuidado específico'

Em entrevista à CARAS Brasil, especialista explica procedimento laser realizado por Preta Gil e recomenda cuidados extras na luta contra o câncer

Paulo Henrique Lima
por Paulo Henrique Lima
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Publicado em 06/11/2024, às 16h38 - Atualizado às 16h42

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Preta Gil faz laserterapia - Reprodução/Instagram
Preta Gil faz laserterapia - Reprodução/Instagram

Preta Gilencara, mais uma vez, um tratamento contra o câncer. Agora em quatro novos locais, a cantora compartilha sua rotina na luta contra a doença em suas redes sociais. Recentemente, ela revelou que fez uma sessão de laserterapia. Em entrevista à CARAS Brasil, a médica Letícia Secco explica o procedimento e aponta tratamentos auxiliares: "Cuidado específico", diz.

"Eu cuido da minha pele durante o tratamento. A gente sabe que a quimioterapia pode manchar a pele, e eu tenho tendência a ter melasma. A minha (pele) é babado, mas dá para fazer uns lasers", disse a apresentadora em conversa com fãs nas redes sociais. 

O procedimento causou surpresa, já que parte dos seguidores o desconheciam. Mas afinal,  recorrer a procedimentos estéticos e ter cuidados com a pele durante o tratamento oncológico é recomendado? A dermatologista e gerente médica da Merz Aesthetics Brasil explica detalhes do da terapia usada por Gil.

"Os cuidados com a pele são recomendados sim, inclusive tem linhas específicas para tratamento de pacientes oncológicos, tanto pela questão do tratamento com quimioterapia, radioterapia, que têm agressão direta na célula, então a gente tem uma troca de células da nossa pele, elas vão se renovando a cada 30 dias em média, então a gente produz novas células e perde aquelas que não vingam, e esse turnover [entrada e saída] sofre alterações durante o tratamento", diz.

A médica ressalta que o tratamento enfrentado por pacientes oncológicos, assim como Preta, pode provocar imperfeições na pele. É justamente por isso que alguns produtos e procedimentos disponíveis no mercado são recomendados. A orientação médica, no entanto, nunca deve ser dispensada. 

"A pele normalmente pode ficar mais ressecada, necessitando de cuidado específico para que você possa recompor o manto hidrolipídico da pele, para que a camada de gordura que protege e que confere todas as características da pele de não deixar perder água, manutenção de temperatura, proteção contra a agressão externa e manutenção da homeostase da pele", explica. 

"Com relação a tratamentos estéticos, do ponto de vista de injetáveis, toxinas, destinadores, ácido hialurônico, depende um pouco da avaliação se tem alguma interação ou não com o tratamento que está sendo realizado. De forma geral, não há uma contraindicação formal ao mostrar a maioria dos tratamentos, mas deve sempre ser pesado o risco-benefício", complementa.

Os produtos para pele e procedimentos disponíveis no mercado podem ajudar até mesmo na autoestima da paciente na luta contra a doença. "A gente sabe, no entanto, que os pacientes em tratamento de câncer eles ficam mais vulneráveis do ponto de vista emocional e, às vezes, eles sofrem emagrecimento e outras outras alterações que podem afetar profundamente a autoestima. Então, quando você consegue, de alguma forma, melhorar a autoestima e a pessoa ficar contente quanto ao mundo e ao espírito. Se sentir um pouco mais linda, essa sensação pode ajudar a ter uma atitude mais positiva em relação ao tratamento", fala. 

O que é a laserterapia? 

Preta Gil revelou no Instagram que faz sessões de laserterapia. O procedimento tem por objetivo disparar laser de baixa potência que aumenta a temperatura da pele de dentro da boca. Por sua vez, o tecido absorve a luz e a transforma em energia, o que promove a restauração celular e o reparo da região. 

A dermatologista explica que é recomendado para Preta Gil, uma vez que ela está passando por sessões de quimioterapia. "A laserterapia, que foi o tratamento realizado pela Preta Gil, foi para um quadro chamado mucosite, que é uma inflamação da mucosa da cavidade oral, decorrente do tratamento com os quimioterápicos, porque o paciente não consegue produzir rapidamente novas células e acaba tendo uma certa erosão e uma inflamação dentro das mucosas. E esse laser, ele ajuda a acelerar o processo de cicatrização dentro da mucosa, evitando dor, dificuldade para a alimentação e a infecção secundária, tanto por bactérias, por causa da ausência da camada de proteção mais superficial da pele dentro da boca", conclui. 

VEJA PUBLICAÇÃO RECENTE DE PRETA GIL:

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