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Médica avalia recuperação de Lexa após diagnóstico de pré-eclâmpsia: 'Sofrimento fetal'

Em entrevista à Contigo!, a especialista Janifer Trizi avalia a recuperação de Lexa após a cantora confirmar o diagnóstico de pré-eclâmpsia na gestação

Júlia Wasko
por Júlia Wasko
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Publicado em 22/01/2025, às 14h56

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Lexa foi internada após diagnóstico de pré-eclâmpsia na gestação - Reprodução/Instagram
Lexa foi internada após diagnóstico de pré-eclâmpsia na gestação - Reprodução/Instagram

Internada há dois dias, Lexa precisou deixar de lado seus trabalhos profissionais para prezar pelo seu bem-estar, incluindo a gestação de seis meses de Sofia, sua primeira filha. Além de seu afastamento da função de rainha de bateria da Unidos da Tijuca, a cantora ainda precisará seguir uma série de medidas após ser diagnosticada com pré-eclâmpsia. Em entrevista à Contigo!, Janifer Trizi, Médica Integrativa Funcional com Especialização em Ginecologia, Modulação Hormonal e Longevidade, explica mais detalhes da recuperação da artista.

"A recuperação dela vai depender do controle dos níveis pressóricos. Com o ultrassom morfológico do bebê, dá para ver se ele não está entrando em sofrimento fetal, que às vezes acontece a centralização da circulação fetal, que é quando o sangue só fica no cérebro e no coração do bebê. Quando acontece essa centralização, precisa fazer parto de cesária de urgência", acrescenta.

"Tem pacientes que evoluem até com eclâmpsia no pós-parto, não é só no pré-parto. Tem pacientes que, mesmo depois de tirar o bebê e começa a controlar a pressão, ainda têm esse descontrole no pós-parto. Então corre ainda risco de ter convulsão e eclâmpsia", conclui. Janifer Trizi esclarece que a cantora precisará fazer um controle da pressão e exames laboratoriais para ficar atenta aos demais sintomas: "Vai ter que ser feito um controle bem mais rigoroso. Tem pacientes que ficam internadas até o fim da gestação".

A especialista ainda destaca que algumas mulheres com pré-eclâmpsia não têm nenhum sintoma, enquanto outras podem apresentar retenção de líquidos, sobretudo nas mãos, nos dedos das mãos, rosto, tornozelos e pés. Entretanto, em casos mais graves, pode afetar os órgãos, como cérebro, rins, pulmões, coração ou fígado.

"Os sintomas de pré-eclâmpsia grave incluem: dores de cabeça intensas, visão distorcida [escotomas], confusão, reflexos hiperativos, dor na parte superior direita do abdômen [sobre o fígado], náusea e/ou vômito, dificuldade em respirar, diminuição da urina, hipertensão arterial muito elevada e acidente vascular cerebral [raramente]", aponta.

No caso de Lexa, ela apresentou edema, inchaço nos olhos e pressão alta e, por isso, foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Apesar disso, crianças com mais de 28 semanas têm mais chances de sobrevivência: "Normalmente nesses casos administramos o corticoide [betametasona] em duas doses para 'amadurecer' o pulmão do bebê para que tenha mais chances fora do útero, se houver a necessidade do parto", finaliza a Médica Ginecologista e Obstetra, formada pela UNISA com residência pelo Hospital Universitário São Francisco (HUSF), especialista em Patologia do Trato Genital Inferior (PTGI) pelo IBCC e pós-graduada em Longevidade saudável e Biofísica pelo Instituto Fernanda Bem.

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