Pepita faz revelação sobre Giovanna Ewbank e a famosa cai no choro: “Achei isso muito louco”

Pepita foi uma das participantes da edição do Surubaum, programa apresentado por Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, que foi liberado no Youtube nesta terça-feira (25). A famosa fez um depoimento sobre como é ser uma travesti na sociedade brasileira.

“Eu vivo num país que pessoas como eu duram até 35 anos. Eu cheguei aos 41 anos. Mãe, filha, esposa e sou travesti. E sou mulher também. Da minha forma, da minha maneira, do meu jeito. Todo o momento a sociedade tem o prazer de me apontar e diminuir, mas me consome para sexo”, destacou a cantora.

“Quando comecei a me entender como mulher e tive a minha independência, comecei a entender que o meu dinheiro valia muito, o meu suor como mulher valia muito. Estar aqui nesse sofá do lado de mulheres que eu consumia no funk ou numa novela, pra mim é muito louco. Eu não quero ser a única travesti a estar sentada aqui. E eu tenho orgulho de dizer que sou travesti e mãe”, garantiu a estrela.

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“O Brasil é um país que me machuca, me dói, me fere. A minha voz, o meu corpo, o meu jeito incomoda o outro. Eu disse para o meu filho que ele tem uma das melhores mães que esse mundo tem. Eu sou capaz de tudo por ele. Eu acho que o dia mais importante pra mim foi quando peguei ele no colo e tive certeza que era mãe e mulher também. Tive a sensação que toda mulher teve ao ter um ser pequeninho no seu colo precisando de você. Do seu olhar, carinho, banho, da sua amamentação, troca de fralda”, refletiu a artista.

Pepita ainda fez uma revelação sobre Gioh. “A primeira vez que eu assumi a minha maternidade, você foi a primeira pessoa a me mandar uma mensagem. Eu achei isso muito louco. Eu falei ‘cara, é uma mulher branca, cis’, mas é mãe. Mãe de alma, de útero e de coração. E ela conseguiu me enxergar”, declarou a morena, deixando a apresentadora emocionada.

“E quando eu descobri que o Bruno me consumia, consumia a minha família, eu comecei a entender que eu não sou isso que os outros desenham, que querem dizer que eu sou. Se o cara lá de cima permite que eu esteja aqui, é porque eu sou muito importante pra ele. Eu vou fazer a mudança. As pessoas vão entender que a minha bandeira merece respeito, igualdade e revolução. Merece todo lugar que é dela de direito. Me respeita que eu te respeito”, concluiu Pepita.