Conheça Kaquinho Big Dog, o radialista que marcou gerações com seu humor e morreu ao vivo durante um programa em Belo Horizonte
Uma notícia que abalou o cenário da comunicação: Acácio Oliveira, conhecido como Kaquinho Big Dog, morreu nesta quinta-feira (12) enquanto apresentava o programa Madrugada Viva Liberdade na Rádio Liberdade, em Belo Horizonte (MG). O humorista e radialista sofreu um mal súbito durante a transmissão e não resistiu.
O anúncio oficial veio por meio de uma nota emocionada da rádio: "Hoje o céu ganha uma estrela. Kaquinho Big Dog nos deixou enquanto fazia o que mais amava: levar alegria e companhia aos ouvintes." Mas quem era esse comunicador que marcou gerações com seu humor?
Kaquinho Big Dog não foi apenas um radialista; ele era um verdadeiro artista. Nascido em Belo Horizonte, Acácio enfrentou desafios desde cedo, após ser diagnosticado com paralisia infantil. Apesar das adversidades, começou sua carreira como cantor de MPB em bares mineiros, nos anos 1980.
A transição para o humor aconteceu no início da década de 1990, quando adotou o nome artístico que o tornaria famoso. Inspirado por nomes como Little Richard, Kaquinho adicionou o “Big Dog” ao seu apelido, criando uma marca única e inesquecível.
Em 1993, assumiu o programa Acorda Paschoal, que rapidamente se tornou um sucesso entre os ouvintes da região. No ano seguinte, lançou músicas em fita K7 que venderam 55 mil cópias, chamando a atenção da gravadora Virgin, que produziu seu primeiro CD em 1996.
Além do rádio, Kaquinho brilhou nos palcos. Ele estrelou o espetáculo Cegos, Mancos e Loucos ao lado de Geraldo Magela, o "Ceguinho", com quem manteve uma amizade de décadas. Magela, inclusive, lamentou profundamente a perda do amigo nas redes sociais: "Perco um irmão, um companheiro de risadas e desafios."
O comunicador também marcou gerações por sua capacidade de transformar simplicidade em risadas. Suas criações carregavam autenticidade, humor inteligente e, principalmente, uma conexão genuína com o público.
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