Em entrevista à CARAS Brasil, o urologista Octavio Arcos Campos explica como procedimento feito por Zé Vaqueiro pode impedir o cantor de ser pai novamente
Zé Vaqueiro compartilhou em suas redes sociais o sucesso da cirurgia de vasectomia reversível que realizou recentemente. O cantor explicou aos seguidores que o procedimento não é definitivo, mas, segundo especialista, alguns fatores podem mudar isso. Em entrevista à CARAS Brasil, o médico urologista Octavio Henrique Arcos Campos explica como a cirurgia pode impedir Zé Vaqueiro de ser pai novamente: "Chances de sucesso diminuem", diz.
Após receber alta do hospital e voltar para casa, Zé Vaqueiro usou as redes sociais na terça-feira, 3, para atualizar sobre sua saúde e explicar o motivo do procedimento. O cantor declarou: "Eu fiz um pequeno procedimento, fiz uma vasectomia só para trabalhar com a cabeça mais tranquila, se é que vocês me entendem”, brincou.
Segundo o Dr. Octavio Campos, a reversão de vasectomia é um procedimento cirúrgico realizado para restaurar a fertilidade masculina, reconectando os ductos deferentes, que foram interrompidos durante a vasectomia.
"O procedimento é mais complexo do que a vasectomia original, pois exige a reaproximação minuciosa de estruturas muito pequenas, utilizando microscopia cirúrgica para garantir precisão. A taxa de sucesso varia conforme o tempo decorrido desde a vasectomia, com melhores resultados observados em pacientes que realizam a reversão em até 10 anos após o procedimento original", declara.
O especialista reforça que é sim possível Zé Vaqueiro ter filhos, se optar em reverter a vasectomia, mas é importante ficar atento a um intervalo de tempo, preferencialmente após 10 anos: "Nesses casos, as taxas de recanalização podem ultrapassar 90%, e a chance de gravidez chega a cerca de 50-70%, dependendo de outros fatores, como a idade e a saúde reprodutiva do casal."
Mesmo após uma reversão bem-sucedida, o urologista afirma que a qualidade do esperma pode não retornar completamente aos níveis anteriores à vasectomia, devido a fatores como o tempo de obstrução e possíveis alterações no testículo ao longo dos anos.
"Se a reversão não for bem-sucedida ou não resultar em gravidez, [existem outras] alternativas como a extração de espermatozoides diretamente do testículo, seguida de fertilização in vitro (FIV), são opções viáveis", avalia.
"Embora não haja um limite absoluto de tempo para a reversão, as chances de sucesso diminuem significativamente após 15 anos ou mais da vasectomia, pois fatores como cicatrização dos ductos e danos à produção espermática tornam o processo mais desafiador. Por isso, é importante uma avaliação individualizada com um urologista especializado", finaliza o Dr. Octavio Campos.
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