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Música / ANÁLISE

Rock in Rio aposta em artistas brasileiros, mas ainda precisa aprender com a diversidade

Homenagem do Rock in Rio para os 40 anos do festival peca em não abranger totalmente a diversidade musical brasileira

por Surenã Dias
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Publicado em 30/04/2024, às 17h57

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Neste ano, o Rock in Rio contará com dia especial voltado para artistas brasileiros - Foto: Reprodução / Instagram
Neste ano, o Rock in Rio contará com dia especial voltado para artistas brasileiros - Foto: Reprodução / Instagram

Depois de alguns anos de avaliações negativas do público, o Rock in Rio decidiu dar um maior espaço para artistas brasileiros dentro do festival. Na edição que o evento completa 40 anos, teremos axé, rock, samba, funk, trap e sertanejo para celebrar o sucesso da marca que fez história em diversos momentos. No entanto, ainda assim existem alguns reparos que a organização poderia estar mais ligada. 

Nesta terça-feira, 30, Fafá de Belém expôs o quanto estava chateada com a falta de representatividade de artistas nortistas no line up do festival. Apesar da diversidade musical, ainda assim faltaram nomes de grandes artistas que poderiam enriquecer o cenário escolhido para a festa. 

"A Amazônia não faz parte do Brasil? A cultura amazônica, nortista, não é parte deste país? Onde está Dona Onete, Gaby Amarantos, vencedora do Grammy, Joelma, aÍLA, onde estou eu?", disparou Fáfá em sua postagem no Instagram.

De fato, a crítica de Fafá é pertinente, mesmo que o Rock in Rio tenha apostado em nomes importantes da música brasileira. Além do apagamento dos artistas do norte, do tecnobrega, é possível ver que nomes grandiosos do forró, como Wesley Safadão, Solange Almeida, Xandy Aviões, João Gomes e Elba Ramalho também ficaram de fora. 

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Há de se avaliar que o Rock in Rio é um dos maiores festivais do país e seria de máxima importância dar valor a ritmos que por muito tempo foram marginalizados, esquecidos por grandes marcas, mesmo sendo aclamados pelo povo. A presença de Luan Santana, Simone e Chitãozinho e Xororó no line-up marca um novo momento dentro do festival, que há 40 anos sempre rejeitou o gênero. 

Agora mais moderno e buscando representar de forma mais fiel o Brasil, o festival demonstra estar aprendendo aos poucos a importância de uma ligação direta com o popular.