Mulher que acreditava estar grávida de gêmeas recebeu apenas um bebê; polícia investiga o caso, que ocorreu no Rio de Janeiro
Publicado em 02/04/2025, às 11h21
Na última sexta-feira (28), a jovem Kathelen Tavares viveu uma situação angustiante no Hospital Municipal Mariska Ribeiro, em Bangu, Rio de Janeiro. A mulher, que acreditava estar grávida de gêmeas, recebeu apenas um bebê após o parto. Segundo ela, que já é mãe de gêmeas, todos os documentos e exames realizados previamente comprovam a gestação gemelar, mas o hospital nega. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Em entrevista à Rede Globo, Kethelen revela que tinha o parto das filhas agendado para o sábado (29), mas sua bolsa estourou um dia antes. Pela urgência, precisou ser encaminhada sozinha para a cirurgia, e seus familiares chegaram horas após o procedimento. “Me botaram na sala de cirurgia, me mandaram separar duas roupas para dois bebês. Tomei anestesia, fiquei deitada, escutei o choro de uma. Botaram em cima de mim, eu falei que não aguentava, e depois falaram que não tinha outro bebê”, contou ela.
Registros comprovam que a mulher compareceu a dez consultas de pré-natal na Clínica Família, onde também realizou seus exames de ultrassonografia. Em todos eles, é apontada a gestação de dois fetos com batimentos cardíacos e tamanhos de fêmur diferentes. Agora, Kathelen busca entender o que aconteceu com o outro bebê, que, segundo os médicos, “não existia”.
O caso foi registrado pela família na 34ª DP de Bangu, que investiga os documentos da unidade hospitalar e as câmeras de segurança do local. Em depoimento, a prefeitura do Rio de Janeiro disse que, durante a cesariana, verificou-se a existência de apenas um bebê. Além disso, afirma que Kethelen estava apenas com uma placenta e um cordão umbilical, sem sinais de outros fetos.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, afirma que a ultrassonografia da mãe estava errada. “O que aconteceu foi uma confusão no primeiro ultrassom, com o saco gestacional e com o cardiotoco, que é um exame que escuta o bebê. Então, ele [pessoa que fez o exame] escutou o batimento em dois pontos diferentes do abdômen”, explicou. O parto foi acompanhado pela equipe médica e de enfermagem, que serão ouvidas nos próximos dias.
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