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Suco, banana e leite: polícia investiga se mulher envenenou outros da família

Polícia está investigando mulher que pode ter envenenado vários membros da mesma família com suco, banana e leite

Everton Henrique
por Everton Henrique

Publicado em 23/01/2025, às 14h15

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Suco, banana e leite: polícia investiga se mulher envenenou outros da família - Reprodução e Divulgação/IGP
Suco, banana e leite: polícia investiga se mulher envenenou outros da família - Reprodução e Divulgação/IGP

O caso do envenenamento com arsênio que resultou na morte de três membros de uma mesma família em Torres (RS) continua a repercutir um mês após o trágico incidente. A principal suspeita, Deise Moura dos Anjos, foi detida sob acusação de envenenar a farinha usada para fazer o bolo de reis consumido pela família no Natal. O bolo, preparado pela sogra de Deise, Zeli dos Anjos, foi o responsável por desencadear uma série de mortes fatais.

As investigações apontaram que Deise também pode ter sido responsável pelo envenenamento de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro do ano anterior. A exumação do corpo confirmou que ele foi vítima de arsênio, após o consumo de alimentos levados por Deise, como bananas e leite em pó. A Polícia Civil revelou que ela comprou arsênio em quatro ocasiões ao longo de um período de quatro meses, utilizando os Correios para receber o veneno.

Além disso, a suspeita de Deise sobre o envenenamento não se limitou a apenas uma morte. Exames realizados nos membros da família afetados antes do episódio do bolo revelaram a presença do veneno em seu organismo. A investigação ainda está apurando se os envenenamentos foram intencionais, incluindo um suco de manga consumido pelo marido e filho de Deise.

O evento fatal aconteceu em 23 de dezembro, quando sete pessoas estavam reunidas em uma casa de família para celebrar o Natal. Somente uma delas não comeu o bolo. Três mulheres morreram rapidamente após ingerirem a iguaria, com a causa da morte variando de parada cardiorrespiratória a choque pós-intoxicação alimentar. A polícia acredita que Zeli foi o principal alvo de Deise, pois foi a única que consumiu duas porções do bolo e permaneceu internada por mais tempo.

Deise, que morava em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi presa temporariamente em 5 de janeiro. Durante depoimento, ela relatou que mantinha um relacionamento conflituoso com a sogra, envolvendo desentendimentos financeiros e até bloqueios nas redes sociais. Ela chegou a se referir a Zeli como “Naja” em suas declarações, o que reforça a teoria de um vínculo tenso entre ambas.

A delegada regional do Litoral Norte, Sabrina Deffente, não poupou palavras ao falar sobre a frieza e premeditação de Deise. “Não temos dúvida de que se trata de uma pessoa que praticava homicídios em série e que tentou apagar provas por muito tempo”, afirmou Deffente, destacando a complexidade do caso. A suspeita pode ser responsabilizada por triplo homicídio duplamente qualificado, além de tentativa de homicídio.

A polícia investiga ainda a origem do veneno, que pode ter sido colocado na farinha do bolo em 20 de novembro, durante uma visita de Deise a Arroio do Sal. Segundo o delegado Marcos Vinícius Veloso, esse é o momento em que o envenenamento pode ter ocorrido. "Acreditamos que o envenenamento da farinha tenha acontecido nesse período", afirmou Veloso. A investigação da Polícia CIvil continua, enquanto a população aguarda o desfecho deste crime chocante.

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