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Novelas / TORRE DE BABEL

Há 26 anos, Globo estreava novela que espantou público com temas 'fortes'

Torre de Babel completou 26 anos de estreia no último sábado, 25; novela ficou marcada por temas como drogas, violência e homossexualidade

Mariana Krunfli, sob a supervisão de Arthur Pazin Publicado em 27/05/2024, às 15h28

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Maitê Proença e Tony Ramos em Torre de Babel - Foto: Arley Alves/Globo
Maitê Proença e Tony Ramos em Torre de Babel - Foto: Arley Alves/Globo

Em 1998, Torre de Babel estreava como novela das 20h na Globo. A trama, que completou 26 anos de lançamento no último sábado, 25, espantou o público com temas 'fortes' após a estreia e ficou marcada por abordar drogas, violência e homossexualidade.

Com o slogan “forte, verdadeira, emocionante”, Torre de Babel inovou na Globo ao trazer os temas para o horário das 20h. Segundo o jornalista Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, os assuntos abordados na novela foram tão fortes que espantaram os telespectadores e geraram números de audiência abaixo do esperado.

Autor da trama, Silvio de Abreu precisou transformar sua história para recuperar o público. Ao dar novos ares para a segunda parte de Torre de Babel, ele registrou ótimos índices de audiência nos últimos meses de exibição.

Durante entrevista à TV Folha, em 2022, o autor foi questionado sobre a interferência dos números de audiência em seu processo criativo."A gente tem que atingir aquele patamar. Sei que é minha obrigação. Mas, às vezes, a novela não dá grande audiência na estreia – como Torre de Babel, que assustou o público no começo. Aí, eu deixei de lado a análise psicológica, traí minha ideia original, contei a história em tom folhetinesco, e o povo embarcou na emoção. Mas aquilo me desagradou", afirmou Silvio de Abreu, na época.

Além dos temas fortes, a novela ainda ficou marcada por ser a obra mais trabalhosa do autor. "Foi uma dor de cabeça… uma novela de enorme sucesso, mas com muito protesto, muita perseguição de ONGs e igrejas, pessoal da tradição, família e propriedade. E não foi só pelo casal lésbico. Era uma novela violenta. Na cena em que os traficantes invadiam a casa dos personagens de Tarcísio [Meira] e da Glória [Menezes], era a primeira vez que se mostrava a droga na classe média. Isso chocou muito as pessoas. Tinha o José Clementino [Tony Ramos] que matava a mulher, tinha o outro que morria de overdose… era tudo muito forte", contou ele em entrevista à revista Quem, em 2010.

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Premiada como melhor novela de 1998 com o Troféu Imprensa, a trama ainda rendeu o prêmio de melhor ator para Tony Ramos e melhor atriz para Adriana Esteves. Na época, a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) também escolheu Tony Ramos, Adriana Esteves e Cleyde Yáconis nas categorias de melhor ator, melhor atriz e a melhor atriz coadjuvante da TV, respectivamente.