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Novelas / Conheça local

Há 28 anos, Globo estreava novela que inspirou nome de favela carioca

Trama da Globo era leve e se popularizou a ponto de inspirar moradores de favela no Rio de Janeiro a nomear lugar com nome da obra

Elenco de Salsa e Merengue tinha nomes como Arlete Salles, Maria Gladys e Débora Bloch - Reprodução/Globo
Elenco de Salsa e Merengue tinha nomes como Arlete Salles, Maria Gladys e Débora Bloch - Reprodução/Globo

Em 30 de setembro de 1996, há 28 anos, a TV Globo estreava como sua nova novela das sete o primeiro folhetim escrito por Miguel Falabellae Maria Carmem Barbosa. Com um enredo leve e com pitadas de humor, Salsa e Merengue tinha um ritmo que conquistou o público e a novela até inspirou o nome de uma favela carioca.

Entre as dezessete favelas que formam o Complexo da Maré, conjunto localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, a população chama uma das comunidades de Favela Salsa e Merengue — justamente pelas cores fortes das casas que remetiam ao cenário da novela.

A trama de Falabella e Carmen Barbosa foi exibida pela Globo entre 1996 e 1997 e demandou a construção da até então maior cidade cenográfica montada no Projac, com vilas e casas inspiradas no bairro carioca de Vila Isabel, também na Zona Norte do Rio de Janeiro.

A denominação popular da comunidade do Complexo da Maré, muitas vezes, substitui o nome oficial do local, nomeado pela prefeitura do Rio como bairro Conjunto Novo Pinheiro. O nome Salsa e Merengue aparece em buscas de endereço e está na boca de todos os moradores da região.

O sucesso da novela

Para alcançar um público tão grande, Salsa e Merengue usou e abusou do humor e de uma trama com ritmo acelerado que não enjoava o telespectador. Além do traço típico de Falabella, a novela também tinha um toque policial, com situações surpreendentes apresentadas de modo que se conectassem com a época.

No livro Autores, Histórias da Teledramaturgia, o novelista comentou sobre o trabalho: "Salsa e Merengue tinha um diálogo absolutamente delicioso, era um frescor". Ao Projeto Memória Globo, Miguel revelou que "a novela tinha um ruído novo e personagens bárbaros (…), muito cariocas, tipos pinçados daqui e dali, um amálgama de gente que eu fui conhecendo e entendendo ao longo da minha vida".