Raquel finalmente conseguirá achar Maria de Fátima no Rio de Janeiro e terá que lidar com uma nova decepção envolvendo a filha em Vale Tudo
Publicado em 01/04/2025, às 21h00
Raquel (Taís Araujo) procurará por Maria de Fátima (Bella Campos) no Rio de Janeiro após a filha vender a casa do avô e deixar a mãe na rua em Vale Tudo. A protagonista inicialmente encontrará o ex-marido, Rubinho (Júlio Andrade).
O músico ficará chocado ao saber o que a herdeira fez com a própria mãe. Depois, a mocinha finalmente saberá que a pilantra está hospedada num luxuoso hotel carioca e irá até o local para levar a sem vergonha para casa.
Fátima fechará a cara ao rever a mãe e pedirá para ela ir embora e não atrapalhar os seus planos. A jovem ainda garantirá que vai ajudar a parente assim que atingir o seu objetivo, mas que por enquanto ela tem q ficar longe, o que deixará Raquel arrasada.
TAÍS ARAUJO FALA SOBRE A RAQUEL DE VALE TUDO
Entrevistada pelo jornal O Globo, Taís Araujo falou sobre Raquel, protagonista de Vale Tudo que ela interpreta “Uma mulher que a gente enxerga e reconhece. Como as mulheres brasileiras negras que sustentam a base da pirâmide, estão no corre, são mãe solo”, apontou a famosa.
“Que a gente, que vive o privilégio absoluto sem ter que se preocupar com fazer comida, limpar a casa, olha e pensa, ‘como ela consegue?’. Que abdicou da vida pessoal para se dedicar à criação da filha. Não se formou, não trabalha no que ama, mas ousa ser feliz. Que tem suas dores, mas não vive do passado. Sofre, mas pensa, ‘qual é o próximo passo?’. É a realidade da maioria do povo brasileiro”, refletiu a artista.
A estrela destacou também as mudanças feitas no remake. “Na primeira versão, tinham dois atores negros. No Brasil de 1988, era inviável. E não porque não tinha atores pretos trabalhando, eles não eram é respeitados, vistos, sequer escalados, sequer pensados para fazer isso. É lindo construir essa narrativa hoje”, analisou a atriz.
“Quem construiu essa narrativa deturpada da população preta, LGBTQIAPN+ e outras à margem do centro e do poder foi o jornalismo, telejornalismo, a publicidade e a teledramaturgia. Sobretudo, essa última, que é quem conta a história de um país, é a identidade brasileira. Durante muito tempo, a população negra só era vista como a mazela do país, desde que foi trazida sequestrada, escravizada. Óbvio que tem um valor comercial gigantesco por trás disso. Mas é um valor a ser respeitado como consumidor no mundo capitalista. É nossa responsabilidade reconstruir a narrativa. E isso está rolando”, finalizou Taís.
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