Em entrevista à Contigo! Novelas, o ator Chay Suede, no ar em Mania de Você, revela que se encontrou na atuação após a novela Império, de 2014
Intérprete do Mavi, em Mania de Você, novela das nove da TV Globo, Chay Suede reflete sobre as maldades do personagem, em entrevista à Contigo! Novelas. Já na vida pessoal, é só alegria! O ator celebra a chegada do novo membro da família: a pequena Ana, que nasceu no dia 8 de novembro. O artista e a esposa, a atriz e modelo Laura Neiva, só descobriram o sexo da bebê na hora do parto. No bate-papo, ele ainda revela que se encontrou na atuação após a novela Império, de 2014
Como você define o Mavi?
É um personagem muito específico, porque, claro, ele é um vilão, isso não tem como negar ou fugir, mas o público acompanha boa parte dos motivos que o tornam essa pessoa tão autocentrada. Ele recebe muitas negativas na vida, ele recebe negativa da mãe, recebe negativa do grande amor da vida dele, ele é desprezado por muitas pessoas o tempo todo e acho que isso faz com que ele se torne uma pessoa muito autocentrada. É óbvio que não justifica a perversidade do caráter dele e das coisas que ele comete, mas tem por onde o público entender como as coisas se dão na vida do Mavi. Acho que isso cria uma empatia natural. Agora que ele é um vilão, ele é um vilão.
Seu último personagem, o Ari de Travessia, era um alpinista social, mas não fazia maldade...
Ele é um personagem muito diferente do Ari, de Travessia, na base, então não precisei criar uma estratégia para diferenciá-los. Ari flutuava para vários caminhos e não era uma pessoa perversa, já o Mavi tem um claro objetivo e é traumatizado, o que faz a perversidade ser algo comum para ele. Acho que um vilão está muito além de ser um personagem perverso ou não, acho que personagens maus ou com índole torta não necessariamente são vilões.
Como assim?
O vilão precisa cumprir uma função narrativa dentro do melodrama. Essa função narrativa permeia a
história, permeia os personagens e precisa cumprir mesmo uma trajetória específica, assim como o arco do herói, o arco do vilão existe também. Então não é qualquer personagem mau que é vilão. O Ari não era um vilão, era um personagem mau-caráter, vacilão. O Mavi não, ele é um vilão clássico, ele cumpre as prerrogativas essenciais que um vilão precisa cumprir dentro de uma trama. Só que ele não é só mau, ele é uma pessoa humana, como todos os personagens que o João Emanuel Carneiro cria.
Como tem sido a parceria em cena com a Gabz e com a Agatha Moreira?
Maravilhosa, são duas parceiras inacreditáveis. Eu nunca tinha interpretado com nenhuma das duas
e elas são muito diferentes e complementares. São, com certeza, as atrizes certas para interpretar essas
personagens. Me sinto lisonjeado de poder dividir a cena com as duas.
E o reencontro com a Adriana Esteves?
É de muito amor mesmo, para muito além do nosso trabalho. A gente se adora, se respeita e torceu pelo momento em que a gente trabalharia juntos de novo.
Você aprendeu algo diferente para o Mavi?
Sim, eu tirei carteira de motonauta para dirigir lancha e jet ski. Fiz prova, negócio de doido! Aprendi, achei difícil pacas a prova, tive que estudar. Há quanto tempo não estudava para uma prova, né [risos]? Mas foi legal, deu tudo certo.
A rotina de uma novela é corrida. Conseguiu acompanhar a nova gravidez da sua mulher?
Acompanhei de perto, como todas as outras, porque a gente está sempre junto. As minhas crianças e a Laurinha estão sempre aqui comigo, a gente está morando no Arpoador. Claro que nossa base é em São Paulo, mas eles estão aqui comigo todos os dias. Desta vez, deixamos para descobrir o sexo no parto, foi uma ideia da Laurinha e eu achei o maior barato.
Você começou cantando, no programa Ídolos. Qual é o espaço da música hoje na sua vida?
Canto muito para os meus filhos e a música sempre vai ter um espaço imenso na minha vida, porque sou louco por música. Eu não era um cantor na época, mas cantei no Ídolos e isso me deu a possibilidade de me tornar um ator mais para frente. Eu não tenho hoje um projeto profissional de música, nem nada disso, mas a música tem um tamanho imenso, que sempre teve dentro da minha vida e da minha intimidade.
A atuação ficou mais forte para você então...
É a minha profissão, eu sou ator, né? E hoje tenho certeza de que sou um ator. Em algum momento,
acho que até 2013, 2014, eu ainda me perguntava e até me revezava entre a música e a interpretação, mas acho que depois da novela Império, que foi quando eu conheci o Eduardo Milewicz, que foi o nosso preparador, eu percebi que nasci para ser ator. E desde então tenho levado isso como um significado para mim e para a minha carreira.