Em entrevista à CARAS Brasil, ex-atriz da Globo fala sobre participação em produções internacionais e cenário artístico no exterior
Publicado em 18/11/2024, às 17h55
Fora das telas brasileira desde de sua participação em Reis, série bíblica da Record, a ex-atriz da GloboHylka Maria, que participou do sucesso A Força do Querer, está fora do Brasil e investe em projetos no exterior. Em entrevista à CARAS Brasil, ela fala sobre encarar carreira internacional e declara: "Não sinto falta", diz.
"Fazer novela é para os fortes, costumo dizer! [risos] E foi onde construí minha carreira e pude mais me experimentar. Independente do formato estou sempre aberta a personagens que tenham um conflito interessante e uma boa história para contar", assegura Hylka Maria.
Recentemente, ela trabalhou no figurino da série IMPOTENTE. Gravada em Buenos Aires, na Argentina, e totalmente falada em castelhano, a produção foi desafiadora não apenas pela língua, mas também, por apresentar para a atriz o universo dos bastidores.
"Em conjunto com o diretor Sebastián D'Angelo, criamos a narrativa de cada personagem através de suas peças de roupa, suas paletas de cores, que subliminarmente contavam muito sobre o estado de ânimo ou histórico de vida deles", conta. "[Também] venho desenvolvendo e escrevendo projetos de ficção com ele."
Além disso, ela também tem se dedicado à carreira internacional como atriz — experiência que foi menos complexa já que, como modelo, ela já morou no México, na China e na Tailândia. "Sinceramente não sinto que fora do Brasil a forma de se fazer arte seja tão diferente ou melhor como muitos acreditam. Cada projeto, roteiro e diretor tem uma busca própria, independente de sua nacionalidade."
Para o futuro, ela pretende continuar trabalhando em projetos no exterior, em parceria com D'Angelo, e se aventurar com uma série gravada em inglês. Abaixo, a atriz dá mais detalhes da série IMPOTENTE e próximos trabalhos, e comenta a sua relação com as redes sociais. Confira trechos editados da conversa.
Na série IMPOTENTE você trabalha na frente e por trás das câmeras. Como foi essa experiência?
Foi uma experiência absolutamente nova e desafiadora, por mais que eu tenha muitos anos de experiência trabalhando com audiovisual. Trabalhar atrás das câmeras me expandiu como artista já que o olhar é focado no 'todo', e não somente em como vou atuar nas específicas cenas onde minha personagem está presente. Fazer parte das reuniões que antecederam as filmagens e conceituar o projeto quanto à linguagem e estética junto ao diretor de fotografia e ao diretor de arte foi colocar em ação parte da minha criatividade que nunca foi demandada quando estou num projeto somente como atriz.
Você pode falar um pouco também sobre o trabalho com o figurino? Pretende trabalhar nos bastidores mais vezes?
O convite se deu porque o diretor Sebastián D'Angelo e eu somos parceiros de trabalho desde 2018 e comungamos do mesmo critério artístico. Neste projeto, ele quis aproveitar toda a minha experiência que é desprovida de 'vícios' ao que se refere a criação de figurino. Em conjunto criamos a narrativa de cada personagem através de suas peças de roupa, suas paletas de cores, que subliminarmente contavam muito sobre o estado de ânimo ou histórico de vida deles. A minha abordagem para cada personagem foi priorizando a narrativa da história, mas levando em conta como cada peça poderia ajudar na construção individual que cada ator havia proposto para seu personagem. É mais fácil colaborar quando já se esteve do outro lado.
Além disso, a produção foi filmada completamente em castelhano. Isso foi um desafio para você?
Atuar em qualquer idioma que não seja o seu sempre demanda mais atenção. Eu já havia trabalhado na série Bia (Disney Channel) na Argentina em 2018, também atuando em castelhano, então sinto que a cada projeto me critico menos ao me escutar falando em outra língua. O exercício é justamente não deixar que a preocupação com o idioma roube a atenção de estar totalmente disponível e alerta em cena para poder jogar com quem estou contracenando.
Dei uma olhadinha no seu feed e você é bastante ativa no Instagram! Qual a sua relação com as redes sociais?
A minha rede social acabou se tornando um pouco a extensão do meu humor. Não trabalho para ela. Não é o lugar de onde tiro meu sustento. Não sou uma pessoa boa ou interessante o suficiente para me colocar num lugar de 'influenciadora'. Eu a uso basicamente para divulgar meus trabalhos, alguns processos criativos. Tenho a consciência de que ali é um local recortado da realidade e que ninguém é 100% do que expõe.
Você tem novos projetos que possa contar?
Venho desenvolvendo e escrevendo projetos de ficção com o diretor Sebastián D’Angelo, com o intuito de filmarmos em co-produção Brasil-Argentina. Fora isso, recebi um convite para integrar o elenco de um longa-metragem para ser filmado na África em 2025, em inglês. Enquanto faço planos, Deus certamente ri de mim e me oferece os planos Dele [risos].
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