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TV / IMPUROS

Traficante em série da Disney, Vinicius Patricio recorda embate nos bastidores: 'Frustrado'

Em entrevista à Contigo!, ator conta conflitos que teve na construção de Juninho, de Impuros (Disney), e celebra espetáculo Tudo em volta está deserto

por Mariana Arrudas

Publicado em 30/08/2024, às 17h15

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Vinicius Patricio; ator interpreta Juninho em Impuros - Foto: Divulgação
Vinicius Patricio; ator interpreta Juninho em Impuros - Foto: Divulgação

Vinicius Patricio (35) encarou uma grande virada no arco de Juninho, seu personagem em Impuros: ele deixou o crime para se tornar pastor. Apesar da surpresa para o público, o artista diz que soube da mudança logo no início da trama, e que passou por embates até entender o rumo do traficante.

"Eu ficava um pouco frustrado dentro da construção que eu queria fazer", conta sobre o início das gravações de Impuros, em entrevista à Contigo!. "No momento de construção da personagem, eu tentei fugir um pouco do estereótipo do traficante. Tentei trazer por outros caminhos, mais próximos da minha personalidade, para quebrar esses padrões."

O artista diz que, mesmo tentando fazer um personagem menos combativo e violento, Tomás Portella (50), o diretor da série, pedia mais agressividade. Foi então, após conversas no set de filmagens, que ele revelou a virada de Juninho. "Ele já estava pensando lá na frente, e eu estava no passo a passo."

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Além da série, que chegou à quinta temporada, o artista também voltou aos teatros com Tudo em volta está deserto. Patricio diz ter passado sete anos longe dos palcos, e assegura que a trama trouxe de volta a sede pelo formato.

"É a base da minha formação e eu abandonei de certa forma, estava muito tempo longe", diz. O texto inédito fala sobre os anos de chumbo da ditadura militar, com o foco em 1961. De acordo com o artista, o grupo começou a escrever em março, usando como pontos de referência o lançamento do show Fatal a Todo Vapor, de Gal Costa (1945-2022), e poesias de Ana Cristina Cesar (1952-1983).

"São 14 atores em cena. A linha principal é um grupo revolucionário que resolve assassinar um empresário que bancava alguns aparelhos que torturavam e prendiam pessoas na ditadura militar", completa o artista sobre o espetáculo que encerra a temporada no Rio de Janeiro em 1º de setembro.

Abaixo, Vinicius Patricio, que poderá ser visto em Guerreiros do Sol (Globoplay) em 2025, dá mais detalhes sobre a quinta temporada de Impuros, discorre sobre sua formação em teatro e expõe a relação duradoura que tem com o esporte. Leia trechos editados da conversa.


Como é chegar à quinta temporada de Impuros?
Por mais que a gente tenha esperança de que a série possa dar certo e chegar em outras temporadas, nunca imaginamos que chegaria numa quinta [temporada]. Eu nunca tinha visto isso dentro de um streaming brasileiro. No caso de Impuros realmente é muito gratificante, é a terceira troca de casa na série. É gratificante ver como as pessoas que assistem à série se envolvem e criam essa expectativa. Já estamos sendo cobrados pela sexta temporada. Tomara que role [risos].

É perceptível na série que as tramas sempre foram bem planejadas para a história!
Os primeiros que entraram na série, quando começamos a fazer a preparação, todos fizeram teste para o Evandro, o protagonista. Em cada teste, os preparadores conseguiram entender como a personalidade se encaixava com cada traficante.

Além de Impuros, você também está nos teatros com Tudo em volta está deserto. Como é estar nos palcos novamente?

Minha formação é em teatro, fiz psicologia antes mas acabei saindo um ano antes de me formar. Saí da Bahia e vim para o Rio de Janeiro para fazer o curso de teatro. Comecei a fazer bastante teatro até migrar para o audiovisual. Migrei de vez em 2017, quando fiz meu último espetáculo, e eu nunca mais voltei a fazer –mesmo que eu estivesse sempre praticando de alguma forma. Quando me mudei para São Paulo, há dois anos, consegui estabelecer que eu queria ficar mais tempo aqui na cidade e criar laços com os atores e pessoas daqui. Então, foi quando veio a oportunidade desse projeto no teatro. São processos muito diferentes, é doido porque estou trabalhando nisso desde março. A sensação é que quanto mais tempo ficássemos, chegaríamos em outro lugar, e descobriríamos mais coisas. É como quando nos formamos na faculdade e apresentamos o TCC.

Você publica bastante conteúdos sobre corrida. Como você começou a correr?
Quando viemos morar em São Paulo, em 2023, minha esposa entrou em uma assessoria de corrida. Eu achava lindo, mas eu nunca consegui correr longas distâncias. Ano passado veio o frio, a parte do inverno, ela foi abandonando. Em fevereiro desse ano, eu quis fazer uma experiência de correr 3 km. Corri, consegui, mas quase infartei. Na segunda semana, fui correr de novo e foi um pouco melhor. Então, falei para entrarmos na assessoria que iríamos nos ajudar. De lá para cá, virou uma obsessão [risos]. Ter o acompanhamento da assessoria é muito importante, consigo hoje correr maiores distâncias por conta deles. Eu tenho postado essas coisas porque tem me feito muito bem.

Qual a sua relação com o esporte?
Tenho uma relação longa com o esporte, principalmente com o futebol. Joguei em um nível bom até os 16, fui cotado para fazer base em alguns times grandes. Mas entendi que não iria rolar profissionalmente, eu não sou competitivo e a competição não é para mim. Faltava essa gana de vencer, que eu nunca tive. Fui abandonando o futebol, e foi quando entrei na escola de boxe na Bahia e também competi. No boxe, se eu perdesse, eu sairia um pouco mais machucado, e então me descolei um pouco. Na pandemia voltei a praticar, mas em outro local, sem o contato físico de levar porrada [risos].