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Drag queen Bianca DellaFancy comemora primeiro papel em novelas: 'Era o que eu mais precisava'

Em dez anos de carreira como drag queen, Bianca DellaFancy encara seu primeiro personagem em novelas; ela interpreta Janaína, em Renascer

Daniel Palomares Publicado em 27/05/2024, às 18h00

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Bianca DellaFancy revela que foi DJ por muitos anos - Divulgação/Vida Fodona
Bianca DellaFancy revela que foi DJ por muitos anos - Divulgação/Vida Fodona

Conhecida por suas maquiagens poderosas nas redes sociais, Bianca DellaFancy agora também encanta o público como a Janaína de Renascer. A drag queen dá vida a uma das amigas de Buba, personagem vivida por Gabriela Medeiros, na trama da TV Globo. Em um bate-papo descontraído com a Contigo!, ela revela algumas "primeiras vezes" de sua vida.

...faço uma novela:

“A minha primeira vez em uma novela tem sido uma experiência magnífica. Tenho dez anos de carreira como drag queen e tudo começou como um hobby, eu não tinha a menor pretensão de profissionalizar a minha arte, mas a vontade de me conectar com as pessoas já existia. Então fui por um caminho um pouco mais previsível para uma drag queen, que é a boate. Fui DJ por muitos anos e sentia que eu tinha que alcançar novos voos. Migrei para a internet e criei o meu canal do YouTube, criei o quadro Della Make e comecei a me conectar com marcas, que muitas vezes nunca tinham tido contato com uma drag queen antes”.

“Idealizei e criei o podcast Quanto Vale Essa História?, e aí veio o convite da Rede Globo para fazer parte da novela das 9, Renascer. É a minha primeira novela, então é sempre um desafio, mas, ao mesmo tempo, eu sinto que é o que eu mais precisava na minha vida. Eu sempre acompanhei novelas através da minha família, da minha mãe, que sempre assistiu, e agora estar ali fazendo uma, decorando o texto, entendendo a dinâmica, ensaiando e gravando várias cenas até a gente achar o que gostaríamos é uma novidade. Não trocaria por nada neste momento, porque tem sido muito bom”.

...eu me montei:

“Quando me montei pela primeira vez, eu morava em Santos. O intuito era só nos divertirmos por uma noite. Desde criança, pegava maquiagem escondido da minha mãe, mas agora tinha o intuito de me expressar artisticamente. Quando chegou o dia da festa, me montei e fiquei muito feia, não tenho nenhum registro desse dia e espero nunca encontrar [risos]. Fomos para essa festa e foi muito divertido! Por mais feia que eu estivesse, pelo menos na minha cabeça, tive muitos elogios. Inicialmente, só ia a festas montadas, me divertia e voltava para casa. Até que fui chamada para ser DJ e tudo começou”.

“Essa primeira vez me montando foi uma experiência muito libertadora porque me senti livre para ser quem eu era, ter os trejeitos que eu sempre tive porque ali não tinha ninguém para me julgar, para dizer que eu não deveria ser aquilo ou que deveria andar e falar de outra forma. Naquele momento tudo fazia sentido. O que foi muito bom é que a partir disso comecei a aplicar essa liberdade para mim mesmo, desmontado. Depois que eu tirava a peruca e maquiagem, eu lembrava de toda a liberdade que eu tinha tido montada e aplicava ela na minha vida”.

...me interessei por maquiagem:

“A primeira vez que me interessei por maquiagem foi muito antes de qualquer pensamento sobre drag queens existir. Quando criança, observava minha mãe e minha irmã se maquiarem, além de ver as bonecas maquiadas da minha irmã. Desde então, entendia que maquiagem era mais sobre autoestima e se sentir bem do que apenas estética. Não era algo fútil, mas sim uma forma de lapidar algo que já estava bem-feito. Mesmo criança, já conseguia compreender isso e desejava sentir essa transformação em mim também. Mesmo antes de conhecer o conceito de drag queen, já pegava emprestada a maquiagem da minha mãe e da minha irmã, brincava com as bonecas dela escondido, sentindo a necessidade de me expressar artisticamente, sem compreender completamente o significado disso. Sabia que não queria me limitar às expectativas impostas por outros e que, se houvesse alguma caixinha, seria eu quem a criaria”.