Em entrevista à Contigo!, o médico hematologista Antonio Brandão explica sobre linfoma e avalia caso do jornalista Rodrigo Constantino
Publicado em 06/01/2025, às 17h29 - Atualizado às 18h27
O jornalista Rodrigo Constantino fez um anúncio preocupante durante o programa 4 por 4, que conta com a apresentação de Luís Lacombe e Ana Paula Henkel. Constantino revelou que recebeu o resultado de uma biópsia, que diagnosticou um câncer raro e agressivo localizado no pescoço. Em entrevista à Contigo!, o Dr. Antonio Brandão, especialista em hematologia, explica sobre a doença.
O jornalista confessou que está com um linfoma e já agendou uma consulta com especialistas para esta segunda-feira: "Infelizmente o resultado da biópsia não foi dos melhores. Eu tenho um câncer que é um linfoma, mas um tipo mais raro, mais agressivo e mais difícil de tratar".
O Dr. Antonio Brandão, Hematologista da Clínica Sartor, explica que linfoma é um câncer que se origina no sistema linfático; há 2 tipos de linfoma: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin (este, por sua vez, é dividido em vários subtipos).
"Alguns linfomas podem ter crescimento rápido e comportamento agressivo, mas existem alguns linfomas com crescimento lento que em alguns casos podem nem necessitar de tratamento específico ao longo da doença. O diagnóstico de linfoma é feito a partir de uma biopsia analisada por médico patologista e a caracterização correta do tipo de linfoma é fundamental para indicar o tratamento correto", explica.
O Dr. Antonio esclarece que outros sintomas podem ocorrer de acordo com a região acometida pelo tumor, exemplo: dor abdominal em pacientes com linfoma que atinja gânglios no interior do abdome.
O famoso deverá iniciar um tratamento que provavelmente incluirá pelo menos seis meses de quimioterapia, além da possibilidade de um transplante de medula óssea no futuro. Constantino se mostrou otimista em relação ao tratamento.
O hematologista esclarece sobre o tratamento da doença: "Pode variar de acordo com o tipo, com o estágio (ou seja, se o tumor está restrito a uma região ou espalhado pelo corpo) e também com características individuais como idade e problemas de saúde adicionais de cada paciente".
"Em linhas gerais, o tratamento é composto pela combinação de medicamentos quimioterápicos (por vezes, utilizados em conjunto com imunoterapia - anticorpos direcionados contra células do câncer); alguns casos podem ser tratados adicionalmente com radioterapia. Pacientes com alguns tipos específicos de linfoma podem necessitar de complemento do tratamento com transplante de medula óssea", explica o Dr. Antonio
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