O reality de sobrevivência deixou a desejar com provas pouco criativas e sofreu com baixa audiência
Matheus Aguiar Publicado em 24/07/2021, às 12h33
Após uma temporada esquecível, o No Limite - finalmente - chegou ao fim. Na última terça-feira (20), o programa premiou Paula Amorim com a bolada de R$ 500 mil – e talvez esse tenha sido o único acerto durante os quase três meses no ar.
Desde o início da divulgação, o programa prometia um show de entretenimento, com muita ação e ex-BBBs se detonando para conseguir o prêmio final. E aconteceu o contrário. Durante os 11 episódios arrastados, o reality show focou mais em publicidade do que se dedicar à dinâmica, servindo provas maçantes, um elenco sem química e um apresentador sem nenhum carisma. Desculpa, André Marques.
Os desafios foram, de longe, uma das maiores decepções da atração. Pode-se destacar as Provas de Imunidade do terceiro e sexto episódio; e, claro, a temida Prova da Comida do 10º episódio, que realmente demandaram que os participantes chegassem ao limite – afinal, esse era o objetivo. No entanto, isso não se repetiu ao longo da edição, o que acabou sendo frustrante.
O que dizer do fiasco que foi a Prova de Imunidade do penúltimo episódio? Importantíssimo, o desafio que definiu o primeiro finalista da temporada, André Martinelli, utilizou uma dinâmica pobre de equilíbrio de moedas, que teve o resultado influenciado até pelo vento forte do Ceará, e não apenas pela habilidade e competência dos participantes - como deveria ser.
Menção honrosa ao segundo episódio do reality, que mal havia começado e já estava cedendo cobertores térmicos e casacos impermeáveis a todos os participantes. O No Limite não deixou chegar nem perto do limite.
No hype no BBB21, o público ficou bem animado quando a TV Globo anunciou um elenco só de ex-BBBs – mas o motivo para a animação não passou disso. O formato do reality não permitiu que os telespectadores se conectassem e torcessem fielmente por algum participante, o que dificulta na hora de prender sua atenção.
Apesar disso, vale ressaltar a garra de Jéssica Müeller, Elana Valenaria, André – e a vencedora Paula, claro -, que conseguiram entregar uma boa performance nos desafios. Angélica Ramos e Lucas Chumbo também prometiam bons desempenhos, mas saíram cedo demais. Uma pena.
Como se não pudesse piorar, Boninho ainda colocou um show de Wesley Safadão, cervejas de recompensa e momentos de lazer em um programa de sobrevivência. Tudo em nome dos ganhos financeiros. Esse foi mais um ponto que não ajudou em nada na conquista do público.
A combinação de tantos equívocos trouxe o resultado esperado: uma audiência decadente. A final se consagrou como o pior ibope de todas as edições, com 16,3 pontos na Grande São Paulo.
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