Justiça marca data de julgamento de Paulo Cupertino, acusado de matar ator Rafael Miguel

Em junho de 2019, Rafael Miguel foi assassinado após Paulo Cupertino não aceitar o namoro de sua filha Isabela Tibcherani com sua filha. Mais de cinco anos depois, a Justiça de São Paulo marcou o julgamento do acusado pela morte do artista para o dia 10 de outubro. O júri popular será realizado a partir das 13h na 1ª Vara do Júri da Capital, no Fórum Criminal da Barra Funda.

E pai da ex-namorada de Rafael Miguel não será o único a ir em julgamento. Dois amigos do empresário também são acusados de ajudarem o empresário a fugir e se esconder após o assassinato. Paulo Cupertino está preso desde maio de 2022, quando foi capturado em um hotel em São Paulo, onde se declarou inocente.

No local, foram apreendidos CNH falsa, tinturas para cabelo, chapéus, lentes de contato coloridas e roupas. Tudo isso fazia parte de seu disfarce para não ser identificada. Os outros dois réus respondem ao processo judicial em liberdade.

Conforme o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, ele contou com ao menos quatro amigos. Dois deles seguem como réus no processo judicial, sendo eles: "Eduardo Jose Machado e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora. Os três foram interrogados e negaram qualquer envolvimento com o crime.

O empresário é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, além de ter permanecido quase três anos foragido. De acordo com a Polícia Civil, há indícios de que ele se escondeu em outros estados e até mesmo países que fazem fronteira com o Brasil. Paulo Cupertino inclusive entrou para a lista de procurados pela Organização Internacional de Polícia Crimina, conhecida mundialmente como Interpol.

No dia 9 de junho de 2019, Rafael Miguel morreu após ser atingido por tiros. O ator de 22 anos, que ganhou destaque por sua participação em Chiquititas, foi encontrado sem vida no bairro Pedreira, em São Paulo. Seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, também foram mortos. Ao todo, 13 tiros foram disparados. E tudo isso por conta do ciúme de Paulo Cupertino em não aceitar o relacionamento do artista com sua filha.