Mariana (Chandelly Braz) em 'Orgulho e Paixão' - Reprodução / Globo
Da TV para a vida real

Após cena brutal na TV, Chandelly Braz fala sobre a violência contra a mulher

Atriz protagonizou cena comovente em que os cabelos de Mariana foram brutalmente cortados pelo vilão em Orgulho e Paixão

Redação Contigo! Publicado em 17/08/2018, às 17h08 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

A atriz Chandelly Braz voltou a comover os fãs nesta semana ao falar sobre a violência contra a mulher. Após protagonizar a cena em que sua personagem, Mariana, na novela Orgulho e Paixão, da Globo, teve os cabelos cortados pelo vilão Xavier (Ricardo Tozzi), ela trouxe a discussão para os dias atuais ao dar sua opinião sobre a violência contra a mulher.

“Essa foto pertence a uma cena de ficção, mas esse post é sobre a vida real e cotidiana. A Mariana, minha personagem, teve seus cabelos violentamente cortados por um homem. Eu, Chandelly, posso dizer que foi ‘fácil’ me colocar no lugar da minha personagem. Fácil não quer dizer indolor nesse caso. Fácil porque o medo de ser vítima de agressão, para nós, mulheres, é um terreno acessível”, disse ela.

Chandelly ainda deu exemplos de quando a mulher se sente ameaçada pelo sexo oposto. “Acredito que não exista uma única mulher que ande numa rua escura e deserta e que não tenha medo de ser violentada. Do mesmo jeito que não existe a possibilidade de alguma mulher não ter sofrido qualquer tipo de assédio na sua vida. Acho que minha primeira lembrança de assédio, eu tinha uns 9 anos, e estava saindo da escola quando um homem me falou uma coisa nojenta. Isso, ao longo da vida de uma mulher, é rotina, e nós aprendemos que temos que lidar com isso, é inerente a nossa condição. Não é”.

A artista aproveitou para embasar seu discurso com dados oficiais. “A cada 5 MINUTOS, uma mulher sofre violência no Brasil. De 2011 a 2017 o número de notificações de casos de violência contra mulheres subiu de 75 mil pra 211 mil, dados apresentados durante reunião da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher. De 2011 a 2015 foram registrados 5733 mortes de mulheres vítimas de violência. Desse total, 63% dos casos aconteceram dentro de casa, e 19% das vítimas tinham histórico de repetição da violência"

E, para finalizar, Chandelly enfatizou a importância da união contra a violência. "Mas é falando, se unindo, se ouvindo, se apoiando, se acolhendo, se respeitando que a gente muda as coisas. E eu tenho aprendido isso com outras mulheres, parecidas e diferentes de mim. Se o número de agressões aumentaram, o número de mulheres conscientes do seu valor e do seu poder também. Nenhuma mulher está sozinha. Disque 180"

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