Intérprete de Zefa Leonel, em 'No Rancho Fundo', Andrea Beltrão acredita que existem muitas mulheres como a sua personagem espalhadas pelo mundo
Fernanda Chaves Publicado em 25/06/2024, às 10h00
Intérprete da matriarca Zefa Leonel, na novela No Rancho Fundo, da TV Globo, Andrea Beltrão acredita que existem muitas mulheres como a sua personagem espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. A atriz fala sobre isso em entrevista à Contigo! Digital. É a simplicidade da vida da forma mais sofisticada!
O que mais te encanta em No Rancho Fundo?
O que mais me encanta é o texto do Mário [Teixeira] e a forma como ele coloca a história. A direção do
Allan [Fiterman] também, assim como o elenco. Em um trabalho como esse, tão grande, todas as pessoas contribuem. A equipe toda, o seu Zé do cafezinho, tudo é uma farra, tudo é uma festa. Os grandes diretores sabem conduzir uma equipe de 100 pessoas com afeto, com um clima ótimo de trabalho, então acho que o Allan, e vou jogar uma brasa aqui na minha sardinha, o Maurício Farias [marido dela], vários outros, eu acho que são caras que sabem lidar com muito respeito, elegância com todo mundo da equipe e isso faz muita diferença na hora de trabalhar, na hora de gravar uma novela.
Como define a Zefa Leonel?
Ela é uma mulher simples, uma mulher da vida brasileira, uma mãe de família, uma mulher que trabalha, tem quatro, cinco jornadas, cuida dos filhos, cuida do marido, aliás, ajuda o marido, porque o marido também é muito presente. Então, acho que tem esse encanto de representar uma simplicidade na vida que, para mim, é o que tem de mais sofisticado dentro da dramaturgia. Quando a gente alcançar um retrato de simplicidade, a gente está rabiscando uma coisa muito sofisticada.
Existem muitas Zefas por aí?
Eu acho que sim, no Brasil que eu moro, que eu leio nos jornais, vejo na TV, nos filmes, eu vejo muitas. É essa coisa das dificuldades, da fibra, são muitas mulheres, no Rio de Janeiro mesmo, nas comunidades, em todos os lugares do mundo, na verdade. Todos nós conhecemos Zefas por aí. É uma honra dar voz e corpo a uma personagem dessa envergadura. Estou muito feliz por essa oportunidade.
Todo esse universo do garimpo foi uma novidade para você?
Foi! Aprendi muito, as viagens foram ótimas. No começo da novela, ficamos 18 dias na cidade de Socorro, em São Paulo, depois passamos mais tempo em Diamantina e Mariana, em Minas Gerais, foi o máximo! Eu já conhecia Diamantina e Mariana, Socorro ainda não e foi bem legal ficar ali nas pedras, vendo tudo. Essas viagens são boas porque o elenco fica mais perto, a amizade corre mais rápido. Poder viver outras vidas, conhecer gente nova é um dos grandes bônus da profissão. Essa mistura de
pessoas, encontros às vezes improváveis, são um lado fantástico da profissão. Trocar com a
nova geração também é ótimo.
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