Colunista de CONTIGO!, a apresentadora reflete sobre os direitos femininos
O homem deve ter pênis grande. A mulher, clitóris minúsculo. O peito masculino deve ser pequeno. Mas dos seios exigem fartura. A bunda do homem querem enxuta. A da mulher, grande, redonda. O homem pode ser careca. É charmoso. Se a mulher tiver cabelo curto é feio, masculino. O homem não precisa cortar a unha,
fazer cutícula. É sinal de virilidade. Já a mão da mulher precisa estar sempre feita, pintada. Caso contrário, é desleixo. Se o homem apresentar um cheiro forte... Ah, é pura masculinidade. Ela será chamada de suja. O homem que cozinha, lava e passa roupa ganha status de gentleman. Um príncipe! Para a mulher, isso não passa de obrigação. Trair é da natureza masculina. Ao fazer o mesmo, a mulher “vira” prostituta. O homem barrigudo não é julgado. Mas o corpo da mulher, que serve de moradia para uma nova vida por nove meses, tem a obrigação de recuperar as formas originais logo após o parto. A mulher, por mais que ocupe um cargo equivalente ao do homem, ganha menos pela mesma tarefa. O homem é incentivado a perder a virgindade cedo. O ato consumado é, inclusive, festejado. A mulher é incentivada a se “preservar” sob o risco de castigo e humilhação. Dependendo da roupa, ou da falta dela, a mulher é acusada de querer atenção. O homem pode usar qualquer coisa a qualquer hora.
Para muita gente, para viver bem, uma mulher precisa de um homem ao lado.
A culpa de quem pensa assim é da sociedade que defende isso. O que eu, como mulher, gostaria de pedir? Eu quero
e exijo respeito! Sem nós, mulheres,
os homens não existiriam.