A convite da CONTIGO!, Igor Rickli visita a Casa Cor Rio. O ator, que também participa da dança dos famosos, gosta tanto de decoração que faz os próprios móveis
No lar doce lar de Igor Rickli, 31 anos, criatividade e móveis feitos por ele mesmo (sim, o ator adora marcenaria!) se misturam em uma área verde no Alto da Boa Vista, no Rio, de muito bom gosto. Apaixonado por organizar ambientes, do tipo que garimpa objetos antigos para dividirem espaço com modernos, o intérprete e um dos participantes do quadro Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão (Globo), não pensou duas vezes em visitar a 25ª edição do Casa Cor Rio. O evento de arquitetura, decoração e paisagismo, que este ano foi montado na Villa Aymoré, no charmoso bairro da Glória, poderá ser conferido pelo público até 4 de outubro. “Vou sair daqui cheio de ideias”, conta Igor, que mora com a mulher, Aline Wirley, 33, ex-integrante do grupo Rouge, e o filho do casal, Antônio, 11 meses. “Gosto de ter uma casa aconchegante e todo esse clima me inspira. É um ambiente mais bonito do que o outro”, elogia.
IMÓVEL HISTÓRICO
A convite da CONTIGO!, Igor percorreu os 42 espaços instalados em oito das nove casas geminadas da Villa Aymoré, um imóvel histórico da cidade, construído entre 1908 e 1910. No espaço de Jairo de Sender, com o tema Escritório Multiuso, ele adorou a mesa de sinuca colocada na sala. E até jogou! “Minha ideia não foi fazer simplesmente um local para a pessoa trabalhar. No meu projeto, o dono pode receber os amigos jogando sinuca”, conta Jairo, 58 anos. “Meu lema é: tudo pode! Também pus um aquário na decoração. Não há normas nem regras.” Jairo ainda brincou com o dourado (colocou uma caveira nessa cor no banheiro) e com os tons prateados, fazendo uma referência às bodas de prata do evento e, no futuro, quem sabe, às Bodas de Ouro.
O Living de Praia, de Paola Ribeiro, também chamou a atenção de Igor, que se jogou na poltrona Jangada, na cor azul (como os olhos do ator paranaense). “Não vou sair mais daqui. É muito confortável”, disse Igor, que ainda destacou a escada repleta de livros e um pufe revestido com tapete. “Ele é feito com sobras, o que o deixa mais charmoso. Acho importante saber aproveitar tudo. Eu sei estofar, por exemplo, sei reformar, mas acho que faço tudo na cara de pau”, conta. “Como o tema de 2015 é o jeito carioca de morar, pensei em algo descontraído, com muitas cores. E essa parede de pedra me remeteu a Paraty ”, explica Paola, 52. “Usei muito azul e espalhei muitas fotos em que a água predomina.”
INSPIRAÇÃO MEXICANA
O Jardim de Frida Kahlo, de Paula Bergamin, é outro ponto alto dos cerca de 5 mil metros quadrados do Casa Cor Rio. O colorido foi inspirado na obra da pintora mexicana (1907-1954). Para criar o espaço, a paisagista pensou no ateliê de Frida Kahlo, que ficava de frente para o jardim. “Penso na Aline sentada nessas cadeiras azuis, os meus filhos brincando no meio desse jardim...” Filhos? “Queremos ter pelo menos três. E adotar uns dois. Eu e minha mulher sempre pensamos em adotar”, garante ele, que é embaixador da Aldeias Infantis SOS Brasil. “A gente adora criança!”
Mas o ator também procura, às vezes, um lugar para ficar sozinho, refletindo e estudando seus textos. O que o faria passar horas no Apartamento do Jovem de 50 Anos, de Caco Borges. “Ainda não sou um cinquentão, mas esse sofá, esses móveis, tudo combina muito comigo”, diz Igor. Na decoração, predominam madeira natural, preto e tecidos de diferentes padronagens. “Ficou muito acolhedor”, observa Igor, sempre atento aos detalhes assinados por 63 arquitetos, designers de interiores e paisagistas da edição 2015 do Casa Cor. “Home office, loft, cada projeto foi muito bem elaborado e pensado. As luminárias, as poltronas, os quadros... Para quem gosta de arquitetura e decoração como eu, é um prato cheio”, analisa.
DANÇA COMO TERAPIA
O ator, que estreou nas novelas da Globo em Flor do Caribe (2013) e acabou de fazer Alto Astral, atualmente enfrenta exaustivas horas de ensaio, para fazer bonito na Dança dos Famosos. E ele não quer brincar em serviço. Logo após receber o convite do programa, passou uma noite inteira sem dormir. “Fiquei nervoso. Só de pensar que teria de aprender samba de gafieira, disco, forró, já ficava tenso (risos)”, entrega o dublê de dançarino, que agora, mais tranquilo com as apresentações e as avaliações do júri, já não quer mais largar a dança. “Nunca mais vou parar. Ela me laçou”, afirma Igor. Porém, no início, apesar do bom preparo físico, sentiu muitas dores nas costas e nas pernas. “Já estou melhor. A dança faz muito bem para o espírito. É uma terapia. Como fazer móveis, pintar minha casa, isso tudo também deixa a minha mente em paz”.