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Exclusivas / SERRA DAS ALMAS

Julia Stockler encara novo papel em busca de justiça após Beleza Fatal: 'Corrupção'

Em entrevista à Contigo!, Julia Stockler avalia Gisela e fala tudo sobre Samantha, sua nova personagem no longa Serra das almas

Após Gisela de Beleza Fatal, Julia Stockler encara nova personagem em busca de Justiça: ‘Corrupção’ - Jorge Bispo
Após Gisela de Beleza Fatal, Julia Stockler encara nova personagem em busca de Justiça: ‘Corrupção’ - Jorge Bispo

Julia Stockler sai de Beleza Fatal aclamada como Gisela. Na última conversa com a Contigo!, a atriz prometeu que ela teria um momento catártico e assim foi. Em um novo papo conosco, a atriz falou sobre um dos momentos que dominou a novela da Max e contou tudo sobre seu novo longa: Serra das Almas.

Sobre Gisela, a atriz conta que ficou emocionada com as mensagens de carinho que recebeu e que sabia que o desafio da cena era enorme, afinal, se tratava da explosão de uma mulher que sofreu diversas violências do marido – neste caso Rog (Marcelo Serrado) – e que finalmente teria sua vingança após tantos anos:

Não fazia ideia de como iríamos gravar e muito menos que o público fosse vibrar tanto. Estou falando especificamente da cena das “seringas”, e foi uma das poucas que nós não improvisamos nos ensaios. O diretor, Matheus Senra, foi me passando as ações que eu teria que fazer, e eu fui criando na minha cabeça imediatamente por quais caminhos emocionais podíamos levar a cena. Eu precisei arriscar tudo, confiar na loucura dela, confiar que ali ela estaria vingando todas as mulheres que sofrem abuso e que estão imersas em relações tóxicas. E acho que foi por isso, que virou uma cena tão comentada nas redes sociais, porque todas as mulheres estavam ali comigo.”

Nova personagem

No longa Serra das Almas, que estreia dia 24 de abril e é dirigido por Lírio Ferreira, ela interpreta Samantha, uma jornalista investigativa que descobre um esquema de corrupção e vai até as últimas consequências para desmascarar os envolvidos, engatilhada por tragédia pessoal que ocorre no meio de seu percurso. Sobre a preparação, Stockler comenta:

Me preparei lendo livros de jornalistas investigativos, estudei o que leva uma pessoa a querer investigar, me fixei nesse verbo em um primeiro momento. Como ela é jornalista, minha preparação se fundou em perguntas. Fiz muitas para criar o universo dela. E o filme levanta uma questão que eu acho sempre importante de termos em mente: até onde somos capazes de chegar para conseguirmos o que queremos? Existe ética quando muito dinheiro é colocado em jogo? E o que eu acho mais brilhante do filme, é que são as mulheres que vão responder essa pergunta no final. A Samanta é uma personagem que defende o jornalismo com garras e dentes, e eu agradeço a vocês, jornalistas, por continuarem a exercer essa profissão tão linda e desvalorizada no nosso país. Obrigada.”.

O filme trata de um assunto conhecido dos brasileiros: corrupção. Julia pontua: “Somos um país criado a partir da corrupção desde a chegada dos portugueses aqui. Somos fundados em cima de pessoas que usurparam o bem do outro para crescer na vida. E poder falar sobre esse tema é também questionar as estruturas do nosso país, e por isso, eu acho que é um tema que interessa muito a todos nós.”

Cinema brasileiro em alta

Stockler finaliza comemorando o momento do cinema brasileiro, após nosso primeiro Oscar e contou um pouco da preparação em equipe: “Filmamos em Bezerros, interior de Pernambuco. Toda a equipe ficou em uma casa, e foi lá que a preparação aconteceu. Isso criou uma intimidade grande entre os atores e equipe. Acho que estamos em um momento ótimo do cinema brasileiro, onde os caminhos foram abertos por Ainda Estou Aqui. As pessoas decidiram voltar as salas de cinema! Esse momento é precioso na história do cinema brasileiro.”

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