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Myra Ruiz, a Elphaba de Wicked, trilha caminho de sucesso

A atriz estudou teatro musical em Nova York, mesmo sem saber se queria seguir esse caminho. Ao voltar para o país, conquistou vários papéis importantes, como uma protagonistas do musical americano

Por Tainá Goulart Publicado em 04/06/2016, às 10h30 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Myra Ruiz - Fotos: Paulo Santos
Myra Ruiz - Fotos: Paulo Santos
A dedicação de Myra Ruiz, a seus personagens no teatro musical é tanta que não há desafio que ela não supere. Para interpretar a protagonista Elphaba, a Bruxa Malvada do Oeste, na versão brasileira de Wicked, em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo, a atriz passa cerca de 20 minutos se pintando de verde e, no palco, canta uma das músicas mais difíceis do espetáculo, pendurada por um cabo, a cerca de 10 metros do chão. “Sorte que eu não tenho medo de altura. Se é para fazer bem feito, eu faço mesmo. No primeiro musical que fiz, Mary Poppins (filme musical de 1964, estrelado por Julie Andrews), aos 15 anos, eu me empolguei tanto com a coreografia que, no fim da semana de apresentações, eu fui parar no hospital com dor no calcanhar, descobri que tinha rachado o osso. Quase quebrei meu pé!”, lembra Myra, que trocou a ginástica olímpica pelo balé por causa de um braço machucado. 


A emoção que a contagiou na adolescência foi o impulso necessário para que a atriz se jogasse de verdade neste novo universo. Aos 16, mesmo sem saber cantar e atuar direito, ela se mudou para Nova York, onde seu pai morava, e conseguiu ingressar na Professional Performing Arts School, uma das escolas de artes mais renomadas dos Estados Unidos. “Fui na cara e na coragem mesmo. Consegui uma audição lá e comecei a estudar muito para poder me aperfeiçoar. Tive que ter muita perseverança, pois fazia aulas na sala de gente que já estava nessa vida desde criança. Eu tinha tanta vergonha de me apresentar para a turma que matava muita aula. Precisei me esforçar em dobro para chegar ao nível deles”, conta ela, que entrou para o musical Mamma Mia!, logo que voltou ao Brasil, em 2010. 

Hoje, todo o conhecimento conquistado até agora, depois de cinco musicais no currículo, é usado para contar a história emocionante de Wicked, trama anterior ao icônico filme O Mágico de Oz, de 1939, que tem grande ligação com a atriz. “A Elphaba é uma ativista, especialmente quando se trata de pessoas diferentes como ela, que é verde. Eu me sinto muito feliz de poder levantar essa bandeira, uma vez que tenho um exemplo em casa”, revela Myra, que tem um irmão autista, Tom, 6. “Não moro com ele, mas estou sempre perto para acompanhar os avanços que ele tem. Ainda existe muito preconceito por falta de conhecimento e falar de questões assim, no palco, é um presente.”