Em São Paulo, as cantoras e outros nomes femininos do mercado musical brasileiro se reuniram para discutir sobre o poder da mulher nesse universo
Unir forças, se apoiar, respeitar e se conhecer foram, talvez, os maiores pilares do festival criado pelo
Women’s Music Event, uma plataforma de música, negócios e tecnologia, que enfatiza a participação e promove a inclusão de mulheres no mercado da música. Entre sexta-feira (17) e sábado (18), no Centro Cultural São Paulo (CCSP), em São Paulo, as criadoras, a jornalista e produtora cultural
Claudia Assef e a advogada
Monique Dardenne, convidaram cerca de 50 mulheres para participar de 12 painéis, 6 workshops e mais de cinco shows.
Women's Music Event: Claudia Assef, Marina e Monique Dardenne, as criadoras do Women's Music Event
Entre as pautas dos dois dias, movimentos urbanos, ousadia na música, assédio moral e sexual, criação de imagem e muitos outros assuntos que levaram mais de 200 pessoas a participarem das discussões. “A gente sempre teve que se provar muito, eu chegava nas lojas de disco e eu era a única mulher e quase me expulsavam de lá. Aí eu entendi que não é a mulher que não é quer estar lá, mas é o homem que sempre teve uma postura intimidadora. Criamos o Women’s Music Event justamente para mostrar para todas que elas podem estar sim onde quiserem e podem fazer o que quiserem. É um espaço de encontro, fomentação, troca de ideias, networking real para nós mesmas”, disse Claudia, que foi mediadora da conversa com a madrinha do evento, a cantora Marina Lima. “Eu tinha a Rita Lee como exemplo de mulher na música, pois eu queria compor e cantar, assim como ela fazia. Tive sorte de saber tocar violão muito bem, pois os homens me olhavam torto o tempo todo. Eu sempre quis sair do lugar comum e compor e essa é a minha verdade até hoje”, disse a cantora. Além dela, outros nomes famosos participaram do evento, como Tiê, que levou as duas filhas para o palco, durante o show, Negra Li, Karina Buhr, Mahmundi e Ava Rocha. "É tão gratificante poder participar de um evento assim, que tem a mulher no centro das pautas do mercado. Estamos mostrando que temos força e estamos conquistando cada vez mais posições que antes eram majoritariamente masculina. Quero poder discutir hoje para ensinar e mostrar para as minhas filhas que elas podem fazer o que quiserem", disse Tiê.