Aguinaldo Silva fez críticas sobre os autores atuais de novela e revelou quais seriam as exigências para voltar a escrever
Publicado em 15/07/2024, às 13h41
Sem escrever uma novela nova desde O Sétimo Guardião (2018), Aguinaldo Silva está lançando o seu livro de memórias, Meu Passado Me Perdoa, e em entrevista ao site da revista Veja teceu críticas sobre os colegas de profissão.
“Muitos autores estão preocupados demais em renovar o gênero, mas ele não é renovável. Novela é um melodrama, é o drama exacerbado, a paixão desvairada. Não adianta: os temas centrais de toda novela são as disputas familiares pelo poder e um grande amor entre duas pessoas que sofrem durante 180 capítulos até tudo dar certo. Game of Thrones, aquela série fantástica, nada mais é do que um melodrama muito bem-feito”, apontou o escritor.
“Quando vejo as tramas que estão no ar, com exceção de algumas do horário das seis, tenho um certo ranço, vejo que os autores estão querendo ser modernos e acabam perdendo a essência do gênero. Para mim, só três pessoas fazem novelas mesmo hoje. São Glória Perez, João Emanuel Carneiro e Walcyr Carrasco”, declarou o novelista.
Sem contrato com a platinada, o profissional desmentiu um boato. “Essa história de que a Globo tinha uma novela minha já escrita no seu acervo e optou, no fim do ano passado, por arquivá-la, não é verdade. O que aconteceu é que, por intermédio de um agente, a sinopse de uma nova trama chegou à direção da Globo. Essa questão ainda está no ar, nada foi decidido e nem me comunicado. Depois de tudo que aconteceu, eu voltaria a trabalhar na emissora, sou um profissional”, disse Aguinaldo, deixando claro que existiram exigências.
“Na minha biografia, sou um autor que só escreveu novelas para o horário nobre. Ao todo, são 16. Não quebraria essa regra. Agora, além dessa novela, tenho mais três com as sinopses prontas. Uma delas, inclusive, em negociação com uma TV de Portugal. Enquanto tiver vontade e resistência vou continuar fazendo novela”, concluiu Silva.
