Em entrevista comovente, Andrea Beltrão relata drama após a morte trágica do irmão
A atriz Andréa Beltrão, um dos destaques de Um Lugar ao Sol, contou que ainda frequenta o Narcóticos Anônimos após procurar ajuda para enfrentar seus exageros.
Em entrevista ao jornal carioca 'Extra', ela disse que voltou há três anos a frequentar as reuniões. Na terapia, a atriz também tenta entender sua personalidade que ela classifica como "exagerada".
"Falei tudo cedo. Queria que tivessem uma informação de mim, que passei por isso e conheço todas. Ainda frequento o NA, voltei há três anos. Me ajudou muito. Minha análise também tratou desse assunto. Sou exagerada. Quero chupar a vida até o caroço, viver muito. Isso é bom e, às vezes, atrapalha. No caso do álcool, começou a ficar pesado o meu dia seguinte", contou ela.
A atriz contou que perdeu o controle por volta dos 20 anos quando enfrentou uma perda irreparável: a morte precoce do irmão após um aneurisma.
"A primeira vez que fui para o NA, tinha 20 e poucos e fiquei anos. Muitas coisas aconteceram, meu irmão morreu, minha avó. Voltei (a beber) socialmente, mas com minha voracidade não dá. Agora, estou muito bem. Não preciso de nada. Fico legal em qualquer situação, vou a qualquer lugar, sou a primeira a entrar na pista de dança e a última a sair. A minha questão é só minha, não uso para valorar nem criticar nada nem ninguém. Nem com os meus filhos. O que digo a eles é o que sei, mas não é “olha como foi com a mamãe”. Deus me livre! As vidas são diferentes", afirmou ela.
Na entrevista, ela ainda relembrou com dor a morte do irmão e disse que o processo profundo de luto que viveu foi um ensinamento.
"Artur era a minha vida, mas era muito mais a da minha mãe. Só quando se tem filhos a gente entende a dimensão disso. Desejei demais esse irmão. Ele veio quando eu tinha 11 anos, eu ajudava minha mãe a cuidar. Ele teve um aneurisma. Foi quando aprendi o verbo estar. Não há garantias, nada é seguro. Comecei a trabalhar dentro de mim a finitude na carne. Fiquei atenta. Ele está comigo até hoje, não sai de mim, é meu irmão, tio dos meus filhos. Eles sabem que é uma dor imensa para mim e para a minha mãe. Nunca haverá um apaziguamento desse sofrimento."
Um dos capítulo sde Um Lugar ao Sol surpreendeu os telespectadores ao exibir um momento que quebrou um tabu que já durava 40 anos em novelas. Na sequência, Rebeca (Andrea Beltrão) se tocou na cama. Com delicadeza e naturalidade, a cena foi apenas sugestiva e mostrou um comportamento que não deve ser considerado polêmico.