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Em 2023, mecânicos alertaram Voepass de falhas graves no avião que caiu em Vinhedo

Mecânicos alertaram Voepass sobre a falha em um dos sistemas do ATR-72, que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (9)

Laura Vicaria
por Laura Vicaria
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Publicado em 15/08/2024, às 13h50

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Em 2023, mecânicos alertaram Voepass de falhas graves no avião que caiu em Vinhedo - Reprodução/Globo
Em 2023, mecânicos alertaram Voepass de falhas graves no avião que caiu em Vinhedo - Reprodução/Globo

Parece que a Voepass estava ciente de uma falha no ATR-72, que caiu em Vinhedo (SP) na última sexta-feira (9) deixando 62 mortos. Um relatório da empresa indicou que a aeronave ficou o sistema de degelo sem funcionar em pelo menos seis ocasiões em três dias de junho de 2023, além de outros dois problemas graves. Mecânicos recomendaram que o avião não fosse utilizado em voos no Sul do país.

A falha no sistema de degelo do bimotor ATR-72 é um dos possíveis motivos da queda que ocorreu na última semana. Foi divulgado pelo G1, inclusive, que um satélite captou que o avião teria voado entre oito e dez minutos dentro de uma formação de gelo estando com o sistema deficiente. Apesar da suspeita, a Voepass garantiu ao jornal O Globo que o sistema de quebra de gelo estava funcionando no dia da queda.

No dia 13 de julho de 2023, em Ribeirão Preto (SP), o responsável pela manutenção do avião verificou que o bimotor apresentava “restrições de gelo” e, mesmo contra a recomendação do profissional, a Voepass realizou um voo para Porto Alegre (RS) naquele mesmo dia. O aeroporto da capital gaúcha constatou que o sistema seria impotente e ainda verificou que um para-brisa estava quebrado, além de uma falha no equipamento de alerta de aproximação com o solo. 

Um dia depois, em 14 de julho de 2023, o ATR-72 fez um voo até o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde, novamente, foi detectado pelos mecânicos falha no sistema de degelo. O avião ficou quatro dias na capital paulista e a equipe técnica descobriu problemas no gerador elétrico (o equipamento responsável pelas hélices, por alimentar a bomba hidráulica, pela luz de pouso, pela luz da cabine, a descarga do banheiro e outros).

Depois disso, mais uma falha foi identificada em Ribeirão Preto (SP). Dessa vez, os mecânicos encontraram problemas no indicador de situação horizontal, que exibe a posição do avião em relação a pontos de navegação,