Em entrevista à Contigo!, Dr. Carlos Cedano esclareceu mais detalhes da recuperação que Lucas Lima deve seguir após apresentar dor no ombro
Lucas Lima deixou os fãs preocupados ao desabafar sobre uma "dor insuportável" que estava sentindo em um dos seus ombros. O músico informou na última terça-feira (4) que foi ao médico e recebeu uma série de indicações para o tratamento contra um desgaste na articulação acromioclavicular. Em entrevista à Contigo!, Dr. Carlos Cedano, Ortopedista e Chefe de Ortopedia do Hospital Regional de Cotia, avalia a recuperação do artista após o diagnóstico.
"O processo de desgaste é um processo crônico, ou seja, ocorre ao longo de anos e, em fase mais avançada, começa a causar dor. Muitos fatores estão envolvidos no seu surgimento. Predisposição, traumas (principalmente se houver fratura no local), sobrecarga nas atividades, doenças sistêmicas e outros", diz.
"A recuperação não é longa. A movimentação é liberada rapidamente e o esforço vai sendo liberado progressivamente. Após a cirurgia, existe grande melhora da dor, muitas vezes total. Isso depende dos sintomas e do estágio da artrose. Nos casos de desgaste mais leve, o tratamento conservador com fisioterapia pode ser suficiente", acrescenta.
Para contribuir com a recuperação, Dr. Carlos Cedano indica uma série de situações que os pacientes podem evitar. "Atividades que levam a traumas repetitivos no ombro e fortalecimento podem ajudar a evitar a lesão. Para evitar a progressão da artrose, uma vez diagnosticada, podem ser realizadas infiltrações com ácido hialurônico, geralmente a cada 6 a 12 meses (...) O sintoma principal é a dor, que piora com movimentos e esforço", aponta.
O médico ainda destaca que a tendência é a progressão da artrose e da dor. "A fisioterapia pode ajudar no controle da dor e até retardar a progressão. Porém, o desgaste já ocorrido não recupera. A ausência de tratamento provavelmente levará em algum momento a uma dor incapacitante no ombro", conclui.
Apesar disso, há casos em que os pacientes devem se submeter a uma cirurgia. O procedimento consiste em uma ressecção da ponta da clavícula e da área doente da articulação, aumentando o espaço entre os dois ossos que deixam de se tocar: "A cirurgia não interfere na estabilidade e movimentação do ombro e pode ser feita de forma minimamente invasiva através de artroscopia".
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