Envolvida com causas artísticas e diagnosticada com câncer de mama anos depois, ex-atriz da Globo escolheu se afastar da política
Publicado em 08/05/2024, às 18h00 - Atualizado às 19h40
Com mais de 60 anos de uma carreira consolidada na TV, teatro e cinema, a atriz Joana Fomm deu vida a personagens que marcaram grandes obras. Aos 84 anos, a eterna vilã Perpétua da novela Tieta, que foi ao ar em 1989, na Globo, já passou por diversas situações, inclusive pelo diagnóstico de um câncer de mama, em 2007, que ela sugere ter sido causado pelo estresse político da época.
Apaixonada por programas de jornalismo, Joana faz questão de ser politicamente ativa e declarou em entrevista para A Tribuna, que a sua luta sempre foi em benefício de salários mais dignos para a classe artística: “O meu salário costuma ser bom, principalmente de um tempo para cá, mas, de modo geral, a maioria dos colegas ganha muito mal. O que é triste. Desejo ajudar a dar um rumo melhor para a profissão, pois a gente se esforça para ser bom em cena, não é algo que vem do ar.” disse.
O seu envolvimento na política já foi, inclusive, de maneira mais direta. Joana fez parte da equipe do PT (Partido dos Trabalhadores), em 2003, contribuindo para questões relacionadas à cultura, mas não só isso: “Me envolvi nos mais variados tipos de assunto e ainda aumentei o meu conhecimento. Aprender é bom à beça!? contou.
Após a sua participação política direta e com o diagnóstico de câncer de mama anos depois, a atriz brincou sugerindo que isso se deu devido aos problemas políticos que causaram muitos aborrecimentos a ela, a ponto de ela se afastar dos trabalhos políticos.
Joana é vencedora de muitos prêmios ao longo da sua carreira, entre eles um Troféu Imprensa. A primeira novela da atriz foi O Desconhecido, em 1964, na Record, porém o seu primeiro destaque na televisão foi interpretando Nádia, em Crime de Amor, que gerou à atriz o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Atriz Secundária, pelo Festival Internacional de Cinema de Teresópolis. No cinema, foi eleita Melhor Atriz duas vezes no Festival de Brasília, pelas obras A vida Provisória, de 1968, e O Pedadelo de Goiânia, de 1990.
Confira alguns trabalhos da artista:
Cinema
Todas as Mulheres do Mundo, 1966 / Personagem: Bárbara
A vida Provisória, 1968 / Personagem: Lívia
Macunaíma ,1969 / Personagem Sofará
Novela
O Homem Proibido, 1967, Globo / Personagem: Lali
A Viagem, 1975, Rede Tupi / Personagem: Andreza
Sem Lenço, Sem Documento, 1977, Globo / Personagem: Hilda
Dancin’ Days , 1978, Globo / Personagem: Yolanda
Coração Alado, 1980, Globo / Personagem: Melissa
Elas por Elas, 1982, Globo / Personagem: Natália
Paraíso, 1982, Globo / Personagem: Georgette
Tieta, 1989, Globo / Personagem: Perpétua
Vamp, 1991, Globo / Personagem: Carmen
Fera Ferida, 1993, Globo / Personagem: Maria