Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, era torturada pela própria mãe antes de sua trágica morte; saiba tudo
Publicado em 04/09/2024, às 11h20
A trágica morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, ganhou novos contornos com a revelação de detalhes perturbadores sobre sua vida dela antes do falecimento. De acordo com um inquérito policial divulgado nesta terça-feira (3/9), a jovem modelo era vítima de torturas físicas cometidas por sua própria mãe, a empresária Cleusimar Cardoso. A informação foi divulgada pelo portal g1.
Djidja Cardoso, que foi encontrada morta em sua casa no dia 28 de maio, em Manaus, sofria agressões constantes de Cleusimar, que está presa junto com o irmão de Djidja, Ademar, desde 30 de maio. Testemunhos coletados pela polícia revelam uma rotina de abusos que incluíam arranhões na cabeça, beliscões e torções no braço, todos praticados pela própria mãe.
Uma das testemunhas chave, a empregada doméstica que trabalhava na casa desde 2022, relatou o comportamento agressivo de Cleusimar e como Djidja, já enfraquecida, implorava para que a mãe parasse com os maus-tratos. "Djidja estava fraca e mal conseguia se defender", declarou a funcionária, que também mencionou um vídeo anexado ao inquérito, onde a jovem aparece com um corte profundo no couro cabeludo, sem que as imagens esclareçam o que causou a lesão.
+ Vaza vídeo em que ex-sinhazinha do Boi Garantido é "dopada" pela mãe
Além das agressões físicas, o inquérito trouxe à tona o uso frequente de drogas sintéticas e anabolizantes na casa da família Cardoso. A empregada doméstica revelou que Djidja, Ademar e Cleusimar usavam Potenay, uma substância destinada a grandes animais, e que a família tinha até um código para pedir as drogas. "20ml para Djidja, 20ml para Ademar e 10ml para Cleusimar", disse a empregada.
A dependência química de Djidja não era um segredo, sendo já conhecida por outros familiares, que tentaram denunciar o caso à polícia um ano antes de sua morte. No entanto, foram impedidos de agir pela própria Cleusimar e seus funcionários.
A morte de Djidja Cardoso, suspeita de ser causada por uma overdose de cetamina, não apenas trouxe à tona esses abusos, mas também envolveu sua família em investigações criminais. Cleusimar, Ademar e outros três funcionários foram presos dois dias após a morte da empresária, sob acusações que vão desde tráfico de drogas até estupro, este último envolvendo Ademar.
A Justiça do Amazonas já aceitou a denúncia do Ministério Público contra Cleusimar, Ademar e o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto da Silva, por tráfico de drogas, transformando-os em réus. O Ministério Público ainda pode ampliar as acusações, incluindo outros crimes como charlatanismo, curandeirismo, estupro de vulnerável e organização criminosa.