Em 31 de outubro, o maestro João Carlos Martins faz première do concerto de NY na Sala São Paulo com a Bachiana Filarmônica SESI-SP
Depois de dois adiamentos, finalmente o maestro João Carlos Martins segue para Nova Iorque, onde comemorará os 60 anos de sua estreia no palco do Carnegie Hall. Mas, antes, fará uma première deste concerto na Sala São Paulo com a Bachiana Filarmônica SESI-SP.
Considerado um dos maiores intérpretes de Bach do século XX, ele retorna ao Stern Auditorium/Perelman Stage, nos Estados Unidos, em 19 de novembro. Martins apresentará um programa com foco na música de Bach, Heitor Villa-Lobos e o compositor brasileiro André Mehmari, regendo a NOVUS NY, orquestra de música contemporânea da Trinity Wall Street fundada pelo compositor e maestro Julian Wachner em 2011.
Antes da viagem, o maestro fará uma première do concerto na Sala São Paulo, em 31 de outubro. O programa começa com J.S. Bach com o Concerto de Brandenburgo nº3 em Sol Maior - BWV 1048, Concerto de Brandenburgo nº1 em Fá Maior - BWV 1046 e Jesus alegria dos homens, coral final da cantata Herz und Mund und Tat und Leben que, embora seja a 32ª cantata composta por Bach, foi-registrada sob o nº BWV 147 no catálogo completo de suas obras.
A noite segue com o Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº4 - W264 - 424, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), o mais importante e reconhecido maestro e compositor brasileiro, seguido pela estreia mundial da obra Portais Brasileiros nº 2 - Cirandas, do pianista, arranjador, compositor e multi-instrumentista André Mehmari, apontado como um dos mais originais e completos músicos da cena brasileira atual.
Após o concerto na capital paulista, o maestro João Carlos Martins parte para Nova Iorque para os ensaios com a NOVUS New York e a grande noite no Carnegie Hall. Mas sua estadia no exterior também tem outro compromisso importante.
Ele participará de uma conferência de imprensa na sede da OMS, em 18 de novembro, sobre a Distonia Focal, doença que o acompanha desde a juventude e que foi descoberta apenas em 1982, com a presença de cientistas do Japão, Coreia do Sul, Austrália e Alemanha
“Nada é fácil para uma pessoa que passou por tantas adversidades. São poucas as pessoas que podem celebrar sua estreia no Carnegie Hall no mesmo palco. E eu, antes de tudo, quero mostrar este concerto aqui no Brasil, que terá no repertório Bach, obviamente, Heitor Villa-Lobos e André Mehmari, mostrando que o que vale da vida é a trajetória da esperança”, disse Martins.
“E no dia anterior, na sede das Nações Unidas, na Organização Mundial da Saúde, será realizada uma conferência de imprensa com vários cientistas do mundo sobre o problema de minhas mãos, que é a Distonia Focal”, conta ele, que tem trabalhado muito para difundir os conhecimentos sobre a doença que atinge muito músicos pelo mundo.