A adolescente Giovana Pereira foi encontrada morta em um sítio de São Paulo após procurar emprego; saiba quem era a jovem
Publicado em 30/08/2024, às 09h55
O mistério em torno da morte de Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, mobiliza a cidade de Nova Granada (SP) e desperta questionamentos sobre as circunstâncias em que a jovem perdeu a vida. O corpo da adolescente foi encontrado enterrado em um sítio na última terça-feira (27), quase oito meses após seu desaparecimento em dezembro de 2023. Giovana, descrita por sua mãe como uma jovem inteligente e determinada, tinha sonhos grandiosos, como estudar no exterior e construir uma carreira sólida.
Giovana era muito mais do que uma estudante dedicada. Segundo sua mãe, Patrícia Alessandra Pereira, ela era uma menina brilhante, que aprendeu inglês por conta própria e sonhava em fazer um intercâmbio no Canadá. "Ela era extrovertida, decidida e queria conquistar o mundo", relembra a mãe, que ainda destaca a relação de amizade e cumplicidade que tinha com a filha.
Mesmo sendo uma adolescente, Giovana já pensava em independência financeira e queria trabalhar para ter o próprio dinheiro. A mãe, porém, sempre lhe dizia que isso não era necessário, pois a condição financeira da família permitia que ela se concentrasse apenas nos estudos.
Giovana não morava mais com a mãe desde outubro de 2023, quando decidiu viver com uma amiga. Nesse período, ela conheceu Gleison Luís Menegildo, um empresário de 45 anos, através de um aplicativo de encontros. Segundo depoimentos à polícia, foi esse homem quem a jovem teria procurado em busca de um emprego, o que a levou ao fatídico encontro na sede da empresa dele em São José do Rio Preto.
O empresário, porém, ofereceu uma versão diferente. Em depoimento, afirmou que Giovana usou drogas durante a visita e passou mal após um incidente com outro funcionário da empresa. Em um momento de desespero, ele teria levado o corpo da adolescente para o sítio, onde o enterrou.
A mãe de Giovana contesta a versão apresentada por Gleison, questionando por que ele teria marcado um encontro com sua filha à noite e desacreditando as alegações sobre o comportamento da adolescente. Para Patrícia, estão tentando culpar a única pessoa que não pode se defender. Ela também relatou ter descoberto mensagens trocadas entre a filha e o empresário, que indicavam um relacionamento entre os dois, o que a preocupou devido à diferença de idade.
O caso tomou proporções ainda maiores após a confissão do caseiro do sítio, que admitiu ter ajudado a enterrar o corpo de Giovana a mando de Gleison. A polícia continua as investigações para esclarecer as verdadeiras causas da morte da adolescente e as circunstâncias que levaram ao trágico desfecho.
Enquanto isso, a defesa de Gleison e do caseiro insiste que a morte de Giovana foi causada por uma overdose, reforçando que não houve assassinato. O advogado Carlos Sereno afirmou que o laudo necroscópico confirmará essa versão. A investigação ainda está em andamento, e a comunidade aguarda respostas sobre o que realmente aconteceu com Giovana Pereira.
