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Novelas / FEZ HISTÓRIA

Há 13 anos, Globo estreava novela de maior sucesso da última década

Trama alavancou o horário nobre da Globo e deu ao público personagens que se conectavam com o popular e ficaram marcados na história da teledramaturgia

A grande vilã de Fina Estampa, Tereza Cristina, tinha Clô como seu capacho fiel - Reprodução/Globo
A grande vilã de Fina Estampa, Tereza Cristina, tinha Clô como seu capacho fiel - Reprodução/Globo

Em 22 de agosto de 2011, Fina Estampa estreava como nova novela das nove da Globo e rapidamente se transformava em um grande sucesso, com Lilia Cabral no papel de Griselda, mulher trabalhadora e sonhadora. O texto de Aguinaldo Silva conquistou o público e alavancou a audiência de tal forma que, até hoje, os números alcançados não foram superados por nenhuma outra novela do horário.

Fina Estampa se consagrou na memória brasileira com personagens como a vilã ricaça Tereza Cristina, interpretada por ChristianeTorloni, Clô, mordomo esteriótipo de um homem gay, vivido por Marcelo Serrado e Griselda, uma mãe batalhadora que lutou para criar os filhos sozinhas, até que ficou rica com um jogo de loteria. 

De acordo com o jornalista Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, o gosto do público pela história de Griselda se deu pela identificação com a figura idealizada da batalhadora mulher brasileira, principalmente pela "nova classe C", que, segundo o jornalista, era vista como a grande responsável pela boa audiência da novela na época.

Mesmo com o sucesso da trama, muitos aficionados por novelas afirmam que Fina Estampa não está na lista de melhores trabalhos de Aguinaldo Silva, pois não teve uma história consistente. A ideia original do autor de fazer a personagem de Lilia Cabral se questionar sobre as mudanças que o dinheiro havia causado em sua personalidade, como aponta Xavier, se quer foi abordada na obra. 

A inconsistência da história, entretanto, não impediu que os personagens se consagrassem na TV brasileira: a interpretação de Griselda por Lilia Cabral lhe rendeu Troféu Imprensa de melhor atriz de 2011 e o núcleo de empregados de Tereza Cristina, Clô, Baltazar (AlexandreNero) e Marilda (KátiaMoraes) ganhou as telas de cinema no filme Crô, roteirizado por Aguinaldo Silva.

A popularidade do personagem de Marcelo Serrado também levantou debates sobre a estereotipização de pessoas da comunidade gay, já que Crô era usado como alivio cômico da novela, se vestia de modo exagerado e tinha muitos trejeitos considerados como "padrões" de uma pessoa homossexual — o que, considerando a pluralidade e individualidade de cada pessoa, não existe.

Apesar das críticas, Fina Estampa continua intacta como a novela de maior sucesso do horário nobre e chegou a ser reprisada em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Na época, a audiência da novela permaneceu alta e a reexibição chegou ao fim com mais Ibope que metade das novelas das 21h na década.