Com medo de uma nova invasão à sua casa e reviver o trauma da violência doméstica, Sônia Bridi pediu ajuda da Polícia Militar contra Rafael Cardoso
Publicado em 07/11/2024, às 12h38 - Atualizado às 12h53
Após recorrer à Justiça pedindo uma medida protetiva contra Rafael Cardoso por ter sua casa invadida e sofrer violência doméstica, Sônia Bridi também pediu a inclusão de seu nome e o de sua filha, Mari Bridi, na Patrulha Maria da Penha, um serviço da Polícia Militar do Rio de Janeiro que visa ampliar a proteção às vítimas e fiscalizar os passos dos agressores que foram denunciados. E ela conquistou rapidamente este direito.
Sônia deu entrada no processo em 24 de agosto de 2023, e no dia seguinte a Justiça decretou as medidas de proteção para ela. O problema é que o ator só foi localizado e notificado pelos oficiais dois meses depois, em outubro. O fato de seu ex-genro não ter o "paradeiro" identificado causou receio e reativou os traumas vividos na tarde em que ele invadiu sua propriedade, e ela optou por solicitar mais recursos de segurança perante o poder público.
No entanto, a primeira decisão da Justiça era de que as medidas protetivas teriam validade de apenas 120 dias, ou seja, até 25 de dezembro do ano passado. E em 1º de novembro ela e seus advogados decidiram entrar com uma nova ação, pedindo o prolongamento do prazo e também a inclusão de seus nomes na ronda policial.
"Outrossim, requer seja realizada a devida comunicação à Patrulha Maria da Penha, que, a partir do acordo firmado entre este Egrégio Tribunal e a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, objetiva, sobretudo, fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas de urgência", solicitou a jornalista da Globo.
A juíza Cintia Souto Machado de Andrade, do VII Juizado da Violência Domestica do Rio de Janeiro, responsável pelo caso desde o início, acolheu o novo pedido de Sônia, ampliando o prazo das medidas protetivas, e a incluindo, juntamente com sua filha, dentro do sistema da Polícia Militar do Rio de Janeiro para ampliar sua rede de proteção.
"Notificar a Requerente, nos termos do artigo 21 da Lei 11.340/06, sobre o deferimento da MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA, conforme decisão anexa, devendo a Requerente, nesse período, se necessário, ajuizar a ação adequada no Juízo de Família, e informando que poderá acionar a patrulha Lei Maria da Penha guardiães da vida, por meio do telefone funcional da patrulha, caso se sinta em de risco nova situação de violência", decretou a magistrada em 10 de novembro de 2023.
Em contato com a equipe de Rafael Cardoso, sua assessoria de imprensa nos redirecionou ao time jurídico que o assiste, mas temos sido ignorados pelos advogados desde nosso primeiro contato. Atualizaremos o texto caso decidam se manifestar.
Em agosto do ano passado, Sônia Bridi buscou amparo da Justiça após alegar que Rafael Cardoso invadiu sua casa e praticou violência doméstica contra ela. Embora no processo obtido por nós não conste informações sobre agressões físicas, a jornalista relata que sofreu violência psicológica, violência moral e violência patrimonial por parte de seu ex-genro. Na ocasião dos fatos, ele teria destruído seu carro e também alguns itens da residência, além de proferir ameaças e insultos.
Sônia rapidamente conseguiu o amparo pela Lei Maria da Penha e sua filha, após a iniciativa da mãe, também buscou a mesma ajuda e também foi contemplada. Com isso, o ator não pode se aproximar de sua ex-mulher e de sua ex-sogra, está proibido de fazer contato até mesmo por redes sociais ou aplicativos de trocas de mensagens, ou enviar recados por terceiros. O ex-galã da Globo também está proibido de ver os filhos.
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