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Vendedora humilhada por ex-Panicat presa teme pela própria vida: "Segurei para não chorar"

Ana Paula Leme foi presa após chutar as partes íntimas de um policial. À coluna, a vendedora humilhada pela ex-Panicat diz que teme pela própria vida

Gabriel Perline
por Gabriel Perline

Publicado em 22/07/2024, às 18h27

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A funcionária contou mais detalhes da confusão provocada pela ex-assistente - Reprodução
A funcionária contou mais detalhes da confusão provocada pela ex-assistente - Reprodução

A situação de Ana Paula Leme com uma loja de conveniência em um posto de gasolina de Campinas, no interior de São Paulo, está para lá de ruim. Além de cometer os crimes de desacato, injúria, resistência, ameaça, violência física e embriaguez ao volante, a ex-Panicat deixou as funcionárias do local traumatizadas. À coluna, Raíssa Uchoa, uma das vítimas do show de horrores, admitiu que foi atacada e humilhada por ela na frente de outros clientes.

No último sábado (20), Ana Paula Leme foi presa após causar dentro do estabelecimento. A ex-assistente de palco saiu sem pagar a conta, proferiu ofensas aos policiais e ainda agrediu um deles com dois chutes em suas partes íntimas. De acordo com Raíssa Uchoa, desde a chegada da ex-Panicat ao estabelecimento, era nítido que ela não estava sã.

"Ela chegou de carro e já estava alterada. Era visível que ela estava alterada. Ela entrou na conveniência e escolheu uma bebida, uma Skol Beats. Ela não estava conseguindo abrir e a minha colega de trabalho abriu para ela. Depois de um tempo, ela foi ao banheiro, voltou e sentou na mesa de um rapaz e começou a conversar com ele. Ele se sentiu desconfortável com a conversa dela, levantou e saiu. Ela estava se amostrando e falando: ‘Eu sou cheirosinha’. Ela levantou, falou que estava com fome e pediu um salgado. Foi um pão de batata com catupiry. Ela comeu e pediu um pão de hambúrguer. Ela consumiu uma Skol Beats, três cervejas Blue Moon e três salgados, deu mais ou menos R$ 110", explicou.

"Foi necessário chamar a polícia quando ela começou a me insultar e me xingar dentro da conveniência. Tinha outros clientes, inclusive eles estavam gravando a situação para deixar registrado caso ela me agredisse. Ela não chegou a me agredir, mas todos ficaram horrorizados com a situação", frisou.

A atendente ainda relembrou os comentários ofensivos que ouviu de Ana Paula Leme, que voltou a critíca-la mesmo após ser algemada: "Ela falou: ‘Então enfia esse salgado no seu cu, sua vaca gorda. Sua pobre CLT. Volta para o seu lugar lá dentro que é para você lavar louça, sua escrava, bigorna’. Eu fiquei muito triste quando ela chamou de vaga gorda. Ela ficou gritando por diversas vezes, ‘vaca gorda’, ‘gorda’, ‘sua imunda’, ‘nojenta’, ‘pobre’, na frente de todo mundo. Eu segurei para não chorar. Ser humilhada na frente das pessoas é muito ruim. É uma sensação muito ruim".

Ainda no domingo (21), a ex-assistente de palco deixou a Cadeia Feminina de Paulínia, no interior de São Paulo, poucas horas após cometer o crime. Ana Paula Leme realizou o pagamento de um salário mínimo de fiança, ou seja, R$ 1.412. Ela poderá retornar para a sua vida normalmente, tendo liberdade provisória, mas permanecendo proibida de sair de Campinas por oito dias sem prévia autorização judicial e não podendo frequentar bares. A funcionária admitiu que ficou espantada com a sentença e que teme pela segurança dela e de sua família.

"Eu prestei depoimento na polícia sobre a situação e a gente está vendo quais são os próximos passos com a Justiça. Ela ter sido liberada com o pagamento de um salário mínimo é indignante. Ela humilha, agride, sai sem pagar e fica tudo certo. Isso não é justo. A única coisa que eu não quero é que ela venha atrás de mim e da minha família (...) Ela falou que apareceu na Playboy. Depois eu só fui descobrir que ela era Panicat porque ela falou na delegacia. Ela falou o nome dela e disse ‘eu sou isso, eu sou aquilo e já fiz participação nisso’", concluiu.