Em entrevista à Contigo!, a ginecologista Patrícia Barbosa explicou sintomas sofridos pela esposa de Stenio Garcia, que foi diagnosticada com atrofia vaginal
Marilene Saad, esposa de Stenio Garcia, revelou que um problema de saúde chamado atrofia vaginal foi o motivo que a levou a contratar uma garota de programa para seu marido. Em entrevista à Contigo!, a ginecologista Patrícia Barbosa explicou detalhes envolvendo a situação da famosa e destacou que esta é uma condição muito comum entre mulheres, principalmente no período da manopausa e puerpério (pós parto).
"Atrofia vaginal é uma queixa comum entre mulheres na transição menopausal, pós menopausa, puerpério ou pelo uso prolongado de anticoncepcionais. É um sintoma de ressecamento vaginal que pode vir acompanhado de fissuras vaginais e até mesmo desconforto na relação sexual", disse a especialista.
Ela conta que atualmente o termo não é mais utilizado pela classe médica, que costuma nomear como Síndrome Geniturinaria. Entre os sintomas estão atrofia, dispareunia, incontinência urinária (perda de urina), fissuras e infecções vaginais de repetição.
"A atrofia ou ressecamento vaginal pode ocorrer por causas hormonais ou perda de colágeno na região íntima, levando a uma alteração do pH vaginal e desequilíbrio de flora", conta Patrícia, que ainda destaca que a atrofia vaginal não é um caso que requer cirurgia, mas precisa de cuidados especiais para melhorar a saúde íntima da mulher.
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"O tratamento irá depender da causa, idade e comorbidades da paciente. Por exemplo, se a mulher estiver na menopausa será necessário avaliar terapia de reposição hormonal tópica e sistêmica (principalmente com estradiol), hidratação íntima, associado ou não ao uso de tecnologias (laser íntimo, radiofrequência ou campo eletromagnético). Muitas vezes também podemos associar o uso de ácido hialurônico para melhorar a hidratação local e fissuras", avalia a médica.
A especialista também alerta que há riscos caso a síndrome não seja tratada corretamente, causando ainda mais desconforto e perda na qualidade de vida. "Os maiores riscos são fissuras crônicas (pequenos cortes na vulva), ardência, dor na relação sexual, perda de urina e infecções de repetição".
"Hoje em dia falamos muito em Medicina preventiva e na região íntima não deve ser diferente, a partir dos 35 anos temos uma perda importante de colágeno corporal e na região íntima também. O ideal é avaliar com o seu ginecologista ou médico assistente sobre os tratamentos como prevenção, além de manter os seus exames ginecológicos em dia", finaliza.