O ator, o Nabonido de O Rico e Lázaro (Record TV), vibra com a maioridade, sonha com a independência – quer morar no exterior – e comemora o primeiro namoro
Aprancha de Stand-up-paddle é grande, mas não intimida Matheus Costa, 19 anos. O ator pede ajuda ao pai para colocá-la na água e logo vai remando para longe da areia. Quando está no mar, adora pensar na vida, mandar mensagens de WhatsApp para os amigos e tirar muitas fotos. “Não tenho força ainda para levar a grande, mas com a prancha pequena consigo andar. É muito bom ficar na água”, explica o ator, intérprete da fase jovem de Nabonido em O Rico e Lázaro (Record TV). O carioca relembra o dia em que se deixou levar por uma aparente calmaria. “Fiquei desligado e fui parar no posto 6, só que estava no 3. Fui remando, morrendo, pensando em como voltar. Levei a prancha para areia e fui arrastando, cansado, esperando alguém me resgatar. Foi quando ouvi o meu pai gritando, desesperado. Minha mãe já estava no bombeiro.” A paixão pelo esporte veio por influência do patriarca, que leva ainda os outros dois irmãos de Matheus para o passeio em família. Um verdadeiro programão.
O carioca não tem mais a ansiedade nem a pressa em parecer mais velho. Entendeu que é uma fase. Ao lado, ele na novela bíblica
Já em terra firme, o ator confessa que estava com saudade de retornar à rotina intensa de gravação de novela. Sua última participação havia sido na temporada de 2013 de Malhação (Globo). “Cansa, não consigo fazer mais nada, mas é muito bom”, garante ele, que está no segundo período da faculdade de Cinema. No entanto, Matheus não ficou parado nesse período fora da telinha. Fez cinema (Aos Teus Olhos, ainda sem previsão de estreia), série (Ernesto o Exterminador de Seres Monstruosos, na TV Brasil, também inédita), teatro (Meninos e Meninas) e se formou em Artes Cênicas pela Escola de Atores Wolf Maya. A estreia dele na TV foi em 2005, na novela América (Globo). Desde então, o público pôde acompanhar o seu crescimento profissional em Três Irmãs (Globo, 2008), Escrito nas Estrelas (Globo, 2010), entre outros trabalhos. “As pessoas pensam: ‘não fez novela, não fez nada’. Acontece muito de as pessoas ficarem olhando sem falar nada. Depois falam: ‘desculpa, te conheço de algum lugar?’ ou ‘acho que já te vi em alguma novela...’”. Ainda com carinha de menino, ele não sente mais a ansiedade de parecer adulto. “Aos 16, percebi que ia demorar mais, é uma fase. Quando sou parado em blitz, sempre escuto dos policiais que não posso dirigir ainda (risos)”, diverte-se.
Matheus com a namorada, Sarah
Primeira namorada
Dirigindo ainda o carro do pai, Matheus planeja comprar um possante – nem tão turbinado assim – em breve. “Sempre tive vontade de dirigir. Ainda não fiz barbeiragem.” Namorando há um ano a estudante Sarah Roubat, 18, o ator está encantado por estar em seu primeiro relacionamento sério. “Temos amigos em comum, já tínhamos ido aos mesmos lugares, mas não nos conhecíamos. Começamos a nos curtir no Instagram e a conversar. Ela pretende fazer Cinema também. Sempre quis uma coisa séria, para ter alguém no meu lado, me apoiando. Vida de ator é muito corrida. Sarah me apoia”, derrete-se.
Um dos planos de Matheus é fazer intercâmbio. Entretanto, com a rotina de testes e faculdade, acabou tendo de deixar o sonho para o ano que vem. “E agora a Sarah quer ir também. Morar nos Estados Unidos é meu desejo de criança.” O ator também se vê trocando o Méier, bairro da zona norte do Rio, pela Barra da Tijuca, na zona oeste, onde estuda na parte da manhã.
O ator, no SUP, na Praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Em sua primeira trama bíblica, o ator se encantou pela riqueza dos cenários e beleza dos figurinos. “É muito pano. Não dá para colocar sozinho!”, destaca ele, afirmando ainda ser aberto às religiões. “Sempre fui católico, fiz catecismo. Mas com o filme Chico Xavier (2009) estudei o espiritismo e as outras religiões, abri mais a minha cabeça.” Viciado em videogame, não enjoa de jogar Counter-Strike. “Minha namorada me deu a faca que tem no jogo. Quando fui conhecer o irmão dela, que é mais velho, respirei fundo, mas ele joga também (risos). Foi uma maneira de me aproximar”, acrescenta Matheus, também fã do Homem-Aranha. Ah, o rapaz tem como costume anotar todas suas ideias, mas não é em nenhum caderninho, não! É no celular. “Se perdê-lo, acabou, é minha vida.”