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Música / PARABÉNS

Aos 55 anos, Jayne atravessou gerações como a mãe do sertanejo feminino

Conhecida como a Rainha do Rodeio, a cantora sertaneja Jayne completa 55 anos nesta sexta-feira, 20, e segue firme na música; confira

Tábata Santos, sob supervisão de Arthur Pazin
por Tábata Santos, sob supervisão de Arthur Pazin

Publicado em 20/09/2024, às 08h30

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Jayne, a Rainha dos Rodeios, completa 55 anos - Foto: Divulgação
Jayne, a Rainha dos Rodeios, completa 55 anos - Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira, 20, a cantora sertaneja Jayne, grande sucesso dos anos 90, completa 55 anos. Com pelo menos 35 anos de carreira, a artista atravessou gerações e permanece firme representando o sertanejo feminino até hoje. 

Nascida em Paranapuã, no interior de São Paulo, Jayne iniciou a vida artística ainda criança, quando cantar era apenas uma brincadeira apaixonante. Aos 16 anos, se formou em economia pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), trabalhou como comissária de bordo na extinta Varig, e então finalmente retornou à sua antiga e verdadeira paixão: a música. 

Entre os seus grandes sucessos estão as músicas Amigos para Sempre, Mississipi, Como Eu Chorei, e A Solidão. Mas foram inúmeros os lançamentos da cantora sertaneja e em 2021, ela também lançou  o livro Estrada da Esperança, pela Autografia Editora, uma biografia sobre a vida pessoal e profissional da artista, escrito pelo jornalista Thiago Simão

Em abril deste ano, Jayne foi convidada para a gravação do DVD da cantora sertaneja Ana Castela, grande sucesso da atualidade. Na ocasião, o Jornal de Jales entrevistou a veterana do sertanejo. Confira:

Início de carreira

"Meu começo foi em Paranapuã e aos 9 anos de idade eu já tinha um programa na rádio Assunção de Jales. Aos 11 anos comecei a cantar em bailes com bandas de Jales, Paranaíba (atravessava de balsa na época) e depois na banda Jovem Capri em Votuporanga, onde fiquei até ir para São Paulo aos 16 anos. Já em São Paulo, fiz faculdade de Economia na FAAP e simultaneamente entrei na Varig, como aeromoça por 8 anos, com mais de 8 mil horas de vôo.Em São Paulo onde tinha um burburinho de música eu estava lá. Em 1989 eu ganhei um festival e com ele a oportunidade de gravar meu primeiro disco, passando depois pelas gravadoras Copacabana, Continental, Paradox e Atração. São mais de 20 discos além das compilações, e os sucessos começaram com “Rainha do Rodeio”, porque antes até do primeiro disco eu já fazia as aberturas de rodeio nas arenas. Músicas como “Se ainda existe amor”, “Você vai ver”, “Dia de formatura”, “Solidão”, entre outras. Gravei em Nashville em 1997 e ganhei disco de ouro com esse álbum.Em seguida dei uma pausa de 7 anos na carreira com casamento e meu filho Bryan, que hoje tem 24 anos e é tenente do exército. Ele é sem dúvida minha melhor produção, meu grande orgulho. Depois para retomar a carreira foi mais complicado pelas mudanças do mercado, as rádios só tocando com investimentos. Lancei a minha biografia “Estrada da esperança” contando todos os meus amores e dissabores. Não quero me assemelhar a essa galera nova que está em outro estilo musical. Meu público é clássico."

Representação feminina no sertanejo e nova geração

"É muito bom ser reconhecida pelo que plantei, a Ana conta que a mãe dela Michele cantava as minhas músicas e inclusive ganhou um festival cantando “Preciso ser amada”. Então são três gerações se encontrando no DVD Herança Boiadeira e realmente é uma inserção da Ana nesse mundo mais raiz. Para mim é muto importante atingir esse público dela também, é preciso ter essa renovação para que a gente continue sempre nas paradas.A música sertaneja é sempre a mais assistida e mais ouvida, isso tudo a gente deve a essa nova geração que incrementou ainda mais a música sertaneja. Na minha época não se ouvia no rádio voz de mulheres, éramos eu, Roberta e Sula Miranda, às vezes ouvíamos o rádio o dia inteirinho e não tocava uma voz feminina. Hoje a cada três músicas, uma é de mulher e isso é muito gratificante, estar inserida nesse contexto como referência."

Preservação da música sertaneja

"Esse fenômeno que é a Ana, assim como foi a Marília Mendonça, ela é da nossa raça de bota e chapéu, é como se ela fosse uma filhinha, da nossa galera de sítio, de rodeio, de andar a cavalo e me sinto honrada em ter uma nova representante nesse mesmo segmento."

Atualmente a cantora cumpre sua agenda de shows e utiliza as redes sociais para mostrar um pouco da sua rotina pessoal e profissional.