Especialista fala sobre o diagnóstico do filho de Andressa Urach: 'Levantar um alerta'

Na última terça-feira (2), no Dia da Conscientização do Autismo, Andressa Urach usou suas redes sociais para revelar um detalhe de sua vida pessoal. A criadora de conteúdo adulto explicou que seu filho, Leon, de três anos, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em entrevista à Contigo!, Dra. Cintia Castro explica mais detalhes da descoberta.

"O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento que compromete três partes da vida de uma pessoa: dificuldade de socialização, dificuldade de comunicação, sendo verbal ou não verbal, e comportamental, com interesses e movimentos repetitivos", aponta. Em seu relato, Andressa Urach explicou que a família já havia notado alguns sinais, como atraso na fala e na locomoção de Leon. Com isso, a psicanalista destaca que é comum que pessoas próximas da criança percebam rapidamente os indícios.

"O diagnóstico é realizado por meio da observação da criança, histórico familiar, histórico ambiental, conversa com os responsáveis legais, professores e não existe um exame específico para autismo, podendo demorar anos para fechar um diagnóstico correto. Identificar esses sinais precocemente é fundamental para garantir um suporte e intervenções eficazes para uma melhor qualidade de vida para a pessoa que está dentro do espectro autista", diz.

"Desde o nascimento é possível identificar sinais que devem levantar um alerta aos pais, como: O bebê não trocar olhares durante a amamentação, choro compulsivo, preferir ficar mais no berço e sozinho do que no colo dos pais, não gostar de barulho alto, não gostar de luz piscando ou muita claridade, brincar sozinha, repetir as mesmas palavras incessantemente, andar nas pontas dos pés, balançar o corpinho ou as mãos para regular suas emoções, ao ser chamado não responde, atraso na fala e na linguagem, dificuldade de iniciar ou manter conversas, enfileirar objetos, fixar olhar em objetos que giram, seletividade alimentar, dificuldade de entender sutilezas e expressões faciais e gestos. A criança tem que estar dentro da escala de desenvolvimento da sua idade, por isso a importância do acompanhamento do pediatra desde o nascimento", finaliza.

Um dos fatos que chamou a atenção dos internautas é que Leon tem apenas 3 anos. Mesmo tão pequeno, Dra. Cintia Castro destaca que já é possível concluir o diagnóstico: "O diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser realizado a partir dos 2 anos de idade, embora, em alguns casos, sinais preliminares possam ser identificados ainda mais cedo".

"É importante ressaltar que a confirmação do diagnóstico muitas vezes acontece após a criança completar 3 anos. Isso se deve a vários fatores, incluindo a necessidade de observar o desenvolvimento da criança ao longo do tempo e a variabilidade das características que podem se manifestar no espectro. O diagnóstico precoce, quando apropriado, pode facilitar intervenções que promovam habilidades sociais e comunicativas, ajudando as crianças a prosperarem em suas interações e aprendizado, lembrando que cada criança é singular", afirma.

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