Descubra os segredos e legado de Emiliano Queiroz, o ator que morreu nesta sexta (4) e marcou gerações com seu talento único
Emiliano Queiroz, um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira, morreu nesta sexta-feira (4), deixando um legado incomparável. Com mais de 40 novelas no currículo e personagens que ficaram para sempre gravados na memória do público, como o icônico Dirceu Borboleta de O Bem-Amado (1973), o ator faleceu aos 88 anos, no Rio de Janeiro.
Mas quais foram os segredos por trás da carreira brilhante de Emiliano Queiroz que marcaram gerações? Quais momentos de sua vida pessoal e profissional surpreendem até hoje?
Internado por 10 dias após a colocação de três stents no coração, Emiliano parecia estar se recuperando bem e até recebeu alta na quinta-feira (3). No entanto, na madrugada de sexta-feira, o ator começou a se sentir mal, foi levado de volta ao hospital, mas infelizmente não resistiu a uma parada cardíaca.
Ver essa foto no Instagram
O ator completou 70 anos de carreira em 2022 e, em uma emocionante entrevista ao Conversa com Bial, relembrou os momentos mais marcantes de sua vida.
Desde cedo, Emiliano demonstrou seu talento, encantando a todos ao transformar brincadeiras de criança em encenações teatrais em Aracati, sua cidade natal no Ceará.
Seu amor pelo teatro nasceu aos 4 anos, quando assistiu à peça O Mártir do Gólgota, o que o motivou a seguir a carreira que mudaria sua vida – e a de tantos brasileiros.
Emiliano Queiroz não foi apenas o inesquecível Dirceu Borboleta. Ao longo de sua trajetória, ele interpretou diversos papéis marcantes, como o vilão Hans Stauben, de O Sheik de Agadir (1966), que rendeu até agressões físicas na rua devido ao ódio que o personagem despertava.
Uma senhora me deu uma sombrinhada na cabeça”, relembrou o ator em uma entrevista ao Memória Globo.
Seu talento, no entanto, não se limitava aos vilões. O Tio Biju, de Cambalacho (1986), e o Tio Bernardo, de Alma Gêmea (2005), conquistaram os corações do público com suas personalidades cativantes.
Além das novelas, Emiliano brilhou no cinema e no teatro. Com mais de 60 filmes e 60 peças no currículo, ele levou para as telas e palcos uma diversidade de papéis que o consolidaram como um dos maiores artistas brasileiros.
Seu trabalho em Stelinha (1990) lhe rendeu o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado, provando que, mesmo em breves aparições, ele sabia cativar o público.
No teatro, personagens como o Veludo de Navalha na Carne (1969) e o antológico Geni da Ópera do Malandro (1978) são exemplos de sua versatilidade e genialidade.
Casado por mais de 50 anos com a cineasta Maria Letícia, Emiliano construiu uma grande família, deixando 14 filhos, 8 netos e 3 bisnetos. Sua morte encerra um capítulo de ouro na história da TV brasileira, mas seu legado permanece vivo nas lembranças e nas telas, onde seus personagens continuarão a encantar novas gerações.
Emiliano Queiroz não foi apenas um ator, mas um contador de histórias que, com seu talento, soube capturar a alma do Brasil.