Atriz diz que viveu momentos complicados junto da mãe durante infância por conta do pai, com quem não tem mais convívio
Fabiula Nascimento falou abertamente, pela primeira vez, sobre o histórico de violência doméstica que sofreu durante a infância, por conta de seu pai, com quem não tem mais convívio.
Ao podcast Calcinha Larga, apresentado por Tati Bernardi, Camila Fremder e Helen Ramos, a atriz falou que demorou a falar sobre o assunto por medo de ataques virtuais. Ela disse que tem trabalhado o perdão, mas que não pretende conviver com pai outra vez.
"Eu nunca falei sobre isso. Mas é uma coisa que eu sempre tive vontade de falar. Eu acho, hoje em dia, por ele estar vivo e pela violência já ter prescrevido, com o mundo de internet que a gente vive e essa coisa ruim que ela também traz do ódio gratuito, eu não desejo nunca que ele sofra nenhum tipo de violência escrita ou que alguém olhe e fale: 'Ai, sabe esse cara'. Isso não interessa mais", disse ela.
"São anos trabalhando o perdão e desejando as melhores coisas para esse homem, para que ele siga e esteja bem. Sempre foi o meu trabalho espiritual na vida. Não faço uma terapia convencional, sou da terapia holística, há pelo menos uns 8 anos. Venho trabalhando isso. Hoje, tenho ele num lugar do meu coração super cuidadinho, sabe? Abracei aquela criança, porque ele também já foi criança, né? Ele também passou dificuldades. E a gente segue. Mas eu não convivo e não tenho nenhuma intenção em conviver", explicou.
A esposa de Emílio Dantas aproveitou ainda para falar sobre as dificuldades enfrentadas pela mãe. Ela disse que a parente teve pouquíssimas oportunidades na vida e que passou por muito sofrimento.
"Ela sofreu muito, no relacionamento, na vida e em casa. Não foi uma vida fácil. Mas é uma mulher que mantém uma alegria assim tão potente. O melhor ensinamento que ela me deu foi ter felicidade por estar viva e não ser a mulher que ela foi. Submissa, engolia a violência. Eu olhava aqui e pensava que não queria ser aquela mulher. Isso foi o maior ensinamento que a minha mãe me deu. Ela me preparou para uma vida em que eu nunca passasse por isso. Para que eu imediatamente identificar pessoas violentas e não deixar que elas cruzassem o meu caminho. Então ela me deu a vida. É o meu amor. Ela é uma pessoa extremamente amorosa e isso não endureceu, sabe?".