O caso de Lexa traz à tona a doença silenciosa que é uma das principais causas de parto prematuro no Brasil; especialista analisa como preveni-la
Publicado em 21/02/2025, às 13h13
O recente caso de Lexa acendeu um alerta sobre a pré-eclâmpsia, uma condição grave que pode ocorrer durante a gravidez e que afeta cerca de 5% das gestantes. A cantora, que precisou de acompanhamento médico devido a complicações associadas à doença, ajudou a trazer visibilidade para o problema, que é uma das principais causas de parto prematuro no Brasil.
A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez que pode surgir após a 20ª semana de gestação e representa uma das principais causas de parto prematuro no Brasil. A condição se caracteriza pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteínas na urina, podendo comprometer órgãos vitais como rins e fígado, além de evoluir para eclâmpsia, uma versão mais grave da doença que pode resultar em convulsões.
Algumas condições podem aumentar as chances de desenvolvimento da pré-eclâmpsia, como hipertensão crônica, histórico da doença em outras gestações, diabetes, obesidade, gravidez gemelar e doenças autoimunes, como lúpus. Entre os sintomas estão dores de cabeça intensas, inchaço repentino, alterações na visão e dores abdominais, mas muitas mulheres podem não apresentar sinais evidentes da condição.
O acompanhamento médico é fundamental para a detecção da pré-eclâmpsia e sua prevenção. Exames periódicos de pressão arterial e análises laboratoriais ajudam a monitorar qualquer anormalidade no organismo da gestante. Dependendo do quadro clínico, o tratamento pode incluir medicamentos para controlar a pressão arterial ou até a necessidade de antecipar o parto, caso a doença apresente riscos graves para a mãe e o bebê.
Em entrevista à Quem,Arlley Cleverson, e consultor da ONG Prematuridade.com reforçam a necessidade de conscientização sobre a pré-eclâmpsia, destacando que o acesso a um pré-natal de qualidade é essencial para evitar complicações e garantir a segurança da gestante e do bebê.
"A doença pode comprometer diversos órgãos, incluindo rins, sistema hematológico e fígado. Nos casos mais graves, pode evoluir para eclâmpsia, caracterizada por convulsões, colocando em risco a vida da mãe e do bebê”
Lexa usa sua experiência para alertar outras mães. Após vivenciar o drama da pré-eclâmpsia, Lexa decidiu compartilhar sua experiência e conscientizar outras mulheres sobre a gravidade da condição. Em entrevista ao Fantástico, a cantora relatou os desafios enfrentados durante sua gestação e reforçou a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico adequado. Sua iniciativa gerou grande repercussão nas redes sociais, ampliando o debate sobre a doença e incentivando gestantes a priorizarem sua saúde e bem-estar.
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