Inquérito conclui que tiro matou a menina Eloáh da Silva partiu de fuzil da polícia; agente foi indiciado por crime de homicídio qualificado
Publicado em 17/06/2024, às 13h56
Um inquérito policial-militar concluiu que a bala que matou a menina Eloáh da Silva dos Santos, aos 5 anos, na Ilha do Governador, no ano passado, partiu do fuzil de um PM. O autor do disparo, segundo a Corregedoria da corporação, é o terceiro-sargento André Luiz de Oliveira Muniz. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado. A informação foi dada em primeira mão pelo jornal 'Extra'.
De acordo com a perícia, o projétil que atingiu a criança partiu de um fuzil calibre 556, série A0142706, arma que o policial carregava. Muniz confessou em depoimento que fez 9 disparos no dia 12 de agosto do ano passado.
“As investigações concluíram que o tiro que atingiu Eloah da Silva dos Santos partiu da arma de um policial militar. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado”, afirmou a Polícia Civil. Segundo o G1, Muniz está preso por outro motivo.
Eloáh foi baleada enquanto brincava em casa. No mesmo dia, o jovem Wendell Eduardo foi morto, aos 17 anos, pela Polícia, durante uma ação contra o tráfico. Moradores da Ilha inciaram uma manifestação. A Polícia teria realizado disparos para conter o protesto. Uma das balas atingiu a menina.
Segundo a Polícia, Wendell era ligado ao tráfico e teria atirado contra um agente. A mãe de Eloáh, Ana Claudia de Silva de Souza, de 31 anos, se pronunciou sobre a decisão ao G1. “A gente sempre soube que o tiro veio deles. O disparou pegou de baxo para cima, de onde eles estavam. Eles, sem responsabilidade nenhuma, e sem saber quem estava ali, chegaram atirando como eles sempre fazem”, disse.